É bastante óbvio que o dia do pai é todos os dias. Desde o momento em que sabe que há uma sementinha a germinar até à eternidade. Um pai perdura muito para além do seu último suspiro, na memória dos filhos e, se tiver tido essa felicidade, na dos netos, bisnetos… Enquanto houver memória da sua passagem na Terra, é imortal.
E não haverá maior glória do que ser lembrado como: era um
pai extraordinário!
Conheço dois pais que serão lembrados dessa forma: o meu e
aquele que escolhi para o meu filho. São muito diferentes mas, ao mesmo tempo,
tão iguais: pais preocupados, pais presentes, pais que dão tudo pelos filhos.
E isto a propósito de ontem: aqui celebra-se o dia do Pai no
primeiro domingo de outubro.
O meu pequeno príncipe, que durante a semana inteira me cochichou
ao ouvido como era a prenda que andava a fazer para o papá, todo excitado e
feliz, chegado o grande dia quase se esquecia. Distraído com a perspetiva do
curso de natação e com os olhos postos na televisão (para devorar 5 minutos do
maldito vicio antes de sair), foi preciso lembrá-lo.
Caído em si sobre a falha que cometera, ficou triste e
desolado, pediu desculpas ao papa e, além dos presentes preparados na escola,
congratulou-o com uma canção que ele inventou no próprio momento – de palavras
doces e melodia melancólica, que quase o fez chorar. Sim, esta é uma característica
do meu pequenote: chorar com as letras das músicas que inventa. Alma de artista
sentimental.
Finalizaram num abraço apertado!
Gosto tanto de os ver agarradinhos e cúmplices. Ligados por
um amor incomensurável.
A três é que é bom!
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