quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Uma espécie de primeiro concerto

Nunca tive oportunidade de aprender música. O que lamento. Sempre ouvi/ li que a aprendizagem musical estimula partes do cérebro que de outra forma não se desenvolvem, ajudando, assim, não apenas na concentração mas também na percepção e apreensão de conhecimentos. Torna-nos mais inteligentes, diria eu :)

Ainda que tais estudos sejam, eventualmente, desprovidos de carácter científico, de uma coisa eu tenho a certeza: aprender música enriquece a alma. 

Vai daí, e acumulando com o curso de "despertar para a música" que frequenta desde o segundo ano do pré-escolar, de setembro para cá o pequeno príncipe anda a aprender a tocar bandolim.

Como é que chegou a este instrumento? Não, não foi por influencia minha (eu teria escolhido o piano ou o saxofone). Foi por mero acaso: fomos, ambos, ao dia das "Portas Abertas" da escola de música para descobrir as possibilidades. Numa das salas estava a acontecer uma pequena apresentação do bandolim. Ficamos a ouvir - o som faz-me lembrar as férias em países do sul, com sol e mar :) 
A professora, vendo o meu piolho na sala, propôs-lhe experimentar tocar. Aceitou, gostou, ficou.

E como o tempo passa a correr, esta passada segunda-feira teve a primeira atuação em público. A professora organiza pequenas audições para que, desde cedo, se habituem a atuar perante estranhos.
Na plateia estavam os outros alunos de bandolim (diferentes níveis) e respectivos acompanhantes. Nós fomos a 4. Pais e avós, para o aplaudir. 

E foi delicioso. 

Nos momentos antes de começar (foi o terceiro a apresentar as suas 2 musicas) diz-me: "j'ai le trac". Tadinho :)

É claro que não fez nenhum brilharete - até porque raramente quer treinar em casa, limitando-se aos 30 minutos de aula semanais. Mas deu o seu melhor. E encheu-nos de orgulho. 

As suas caretas quando a nota saía ao lado são puro deleite :) 

A três é que é bom!


terça-feira, 28 de janeiro de 2020

O Castor foi de fim de semana

O pequeno príncipe está a crescer e precisa enveredar por caminhos seguros que lhe facilitem o desenvolvimento e o ajudem a encarar o futuro.

Nesse sentido, e com a entrada na escola primária, propusemos-lhe algumas atividades extracurriculares que, pensamos, poderiam corresponder às expectativas de ambas as partes - dele e nossas. 

Das outras atividades falarei noutra altura (que, espero, seja em breve). Hoje vou contar-vos do ingresso no escutismo.

Do pouco que sabia sobre os escuteiros e das pesquisas que fiz, tinha compreendido que só a partir dos 6 anos os miúdos poderiam ingressar num agrupamento, começando como lobitos.
Estava equivocada. 
Desde setembro de 2019 que o meu pequerrucho é Castor - Lëtzebuerger Guiden a Scouten, estando o grupo aberto a crianças a partir dos 5 anos.

E porque tudo se torna mais divertido quando levamos os amigos connosco, partilhamos a boa experiência com o amiguinho M. que, não sem alguma relutância, se juntou ao grupo, arrastando a prima consigo :)

Reúnem uma vez por semana e fazem pequenas coisas giras. Aos poucos vão cimentando os princípios e valores do escutismo. 

O primeiro grande acontecimento estava agendado para os dias 18 e 19 de janeiro: o fim de semana com o grupo, para oficializar a pertença e atribuição do lenço. 
Uns dias dizia-me que sim - que queria dormir com o agrupamento - outros dias que não... A nossa posição foi sempre franca: nós vamos te inscrever e passas o fim de semana com o grupo. Quanto a dormir, decidirás na hora. Se quiseres ficas, se não te sentires seguro, nós vamos buscar-te.
Os nossos amigos tiveram a mesma postura.

Portanto, no dia e hora marcados, lá estavam eles com a mochila às costas, o saco cama na mão e o coração apertadinho.
Vimos partir o nosso rebento lacrimoso - o que, além de nos surpreender, nos levou a apostar que a chamada para o ir buscar não falharia.
Pois bem, surpreendendo-nos a todos, só voltamos a vê-los no dia seguinte - com o lenço ao pescoço, super felizes e muito orgulhosos por terem superado o medo de dormir fora de casa.
Que contente que fiquei por eles. 
São experiências fantásticas. Duram uma vida. 

A três é que é bom!