quarta-feira, 18 de abril de 2018

A linha negra


Após a primeira consulta no dentista - que data de há mais de um ano - passamos a usar a escova elétrica  (sugestão da médica) para escovar os dentinhos do pequeno príncipe.
Não obstante os cuidados de higiene - sou eu que lhe lavo os dentes, para garantir que chega a todo o lado - começaram a surgir umas manchas negras junto às gengivas em vários dentes do rebento. 

Intrigada com aquilo que me parecia uma calamidade - porque, por mais que escovasse, não saía e ainda foram surgindo "ramificações" noutros locais - fiz uma pesquisa na internet para tentar sossegar este meu coração aflito (sim, sim... marquei consulta no dentista, mas uma mãe não tem tempo para esperar...). 
Eis o que encontrei:

"...A pigmentação negra fisiológica é muito frequente nas crianças e, por vezes pode, desaparecer com o crescimento. Deve-se à instalação de micro-organismos oportunistas (fungos) em consequência da insuficiente maturação salivar nestas idades.
Na criança, esta imaturidade é fisiológica e, portanto, própria da idade. Entre os 6 e os 8 anos de idade, altura em que a maturação salivar já deverá estar concluída, este pigmento deixa de se formar. Infelizmente, até se atingir a maturação salivar nada há a fazer para se prevenir o seu aparecimento.
A limpeza remove facilmente este pigmento, sem causar dor e sem danificar os dentes, mesmo quando repetida frequentemente.

No entanto, o problema é apenas estético, não estando associado ao aumento das cáries dentárias, nem a qualquer outra doença. Habitualmente são necessárias várias limpezas, já que este pigmento tem tendência a reaparecer pouco após a sua remoção e até à altura em que a criança atinge a completa maturação salivar..." 

Fonte: 

Fiquei um pouco mais sossegada.

No passado dia 10 de abril tivemos a consulta na dentista, que o confirmou. Há, efetivamente e aparentemente cada vez mais, crianças que criam uma bactéria que lhes provoca uma linha negra nos contornos dos dentes - junto às gengivas - que, além de não ser sinal de pouca higiene, previne o aparecimento de caries, desaparecendo, no limite, com a mudança dos dentes. 
Zero de caries, portanto!

Por opção médica não removemos a dita linha que, muito provavelmente reapareceria até que o dente seja substituído pelos definitivos. Assim, para não fragilizar os dentes de leite, não causar traumas no pequenote (pelo uso daquela catrefada de instrumentos barulhentos) e gastar dinheiro em limpezas infrutíferas, voltamos para casa com o mesmíssimo maravilhoso sorriso na boca :)

A três é que é bom!




quinta-feira, 5 de abril de 2018

P de Páscoa... P de Praga :)

Já não é de agora. Tenho este pensamento desde os primórdios deste blog... Escrever mais vezes e sobre as pequenas coisas. Até porque os "grandes acontecimentos" ficam-nos na memória... ou nas fotografias que sempre acompanham os dias especiais.

Prometo. Prometo que vou tentar.

Mas ainda não vai ser hoje.

Sim, porque, para já, o que vos quero contar entra na categoria dos momentos memoráveis. Após uma vida toda de "Páscoas" em família (a encher o bandulho, vá, porque outras tradições por cá não existem), este ano decidimos aproveitar os dias de folga para conhecer outras paragens.

O mundo é vasto e fomos a tão pouquinhos lugares que a dificuldade recai sempre na escolha. Optámos por Praga. E escolhemos muito bem.

Sem o saber à partida, "debarcamos" numa cidade que tradicionalmente festeja a chegada da Primavera com os mercadinhos espalhados pelas diferentes praças. A decoração é não só primaveril mas também de Páscoa: ovos pintados à mão, "árvores da Páscoa", coelhos por todo o lado. Encantador.
Nesses mercados degustamos algumas das iguarias locais. Destaco o trdelník (doçaria) - que eu conhecia como "kurtos" (que, segundo wikipédia é típico da Hungria) dos mercados de Natal cá do sitio - e a cerveja (indicações do pai), que localmente se chama Pivó. Em 4 dias por terras checas, as únicas palavras que aprendemos foi mesmo Pivó e Díky - que, supostamente, significa obrigado. 
O pequeno príncipe, ao ouvir-nos dizer "thank you" passou a repetir. Expliquei-lhe que aquilo era inglês e não como se fala em Praga. Vai daí pergunta-me: mamã, tu não sabes falar republica checa? :) "Não amor, a mamã não fala checo."

Visitamos quanto havia para visitar no Top 10 dos imperdíveis - tudo por fora, claro está. 
Primeiro: com uma criança de 4 anos, visitar igrejas e museus está longe de ser o programa perfeito;
Segundo: confirma-se que Praga é um dos destinos mais escolhidos pelos turistas - por todo o lado estava tudo apinhado de gente. Para umas fotos menos "atulhadas", só mesmo de manhãzinha. As entradas nos must see estavam, portanto, a abarrotar;
Terceiro: tudo é pago. 

Para enorme tristeza nossa, a torre do famoso Relógio Astronómico estava em obras, pelo que tivemos de nos contentar com uma animação digital. Reabre no verão deste ano.

Foram dias plenos e de muitos km nas solas dos sapatos. O tram - que rebentinho adorou - aliviou o cansaço em alguns momentos. 
O hotel - Pentahotel Praga - é fantástico. Não tenho o hábito de mencionar os locais por onde pernoitamos, mas este merece o destaque pela originalidade e qualidade dos serviços. Gostamos e recomendamos.

A três é que é bom!