sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Fada das chupetas

Se me perguntassem, antes de ser mãe, o que é que eu achava das chupetas, eu diria "a evitar". Depois do meu pequeno príncipe nascer, e de me pôr o peito em sangue tal era a vontade de sucção, decidimos que se calhar a chupeta poderia ser uma aliada. E foi. Na hora de dormir e naqueles momentos em que parecia que nada resultava para o acalmar, a chupeta acabou por se revelar de uma eficácia surpreendente.

Contudo, e como é de conhecimento comum, o uso prolongado da chupeta acaba por deformar os dentes, o céu da boca e prejudicar a fala. Vai daí, e para preparar o piolho para o "desmame", havíamos combinado que as deixaria junto à árvore de Natal, para o Pai Natal as  levar para os bebés que não têm e deixar em troca umas prendinhas.
Este era o plano.

Acontece que o meu pequenito começou a pedir a chupeta sem ser na hora de dormir. Cerrada nos dentes, não havia modo de lha tirar sem provocar um enorme berreiro. Então, para o incitar a entregar-me a chupeta a bem, expliquei-lhe que a Fada das Chupetas vem buscar todas as chupetas dos meninos que as usam sem ser para dormir. Ameacei uma, duas, três vezes.
No dia em que me fez a viagem toda para a creche de chucha na boca, a Fada das Chupetas veio buscá-las todas. Foi há mais de 15 dias. Dia de S. Martinho. Nesse dia, quando o fui buscar à creche, expliquei-lhe que, por ter usado a chupeta sem ser para dormir, que a Fada as tinha vindo buscar. Desde então não voltou a ter chupeta.

Nos primeiros dias pedia a chucha, na hora de dormir, mas explicamos-lhe que era irreversível. Além de que o tínhamos avisado que isso acabaria por acontecer. Nunca chorou a implorar pela chupeta e acabou por esquecer. Foi bastante simples, no final de contas :)

A três é que é bom!

                                                    A decorar a árvore de Natal em casa dos avós