sexta-feira, 29 de maio de 2015

Nanar com o papá

Nos primeiros meses de vida do pequeno príncipe,  e porque a mamã estava em casa de licença, o "privilegio" de adormecer a criaturinha recaía, maioritariamente,  sobre mim.

Poderia ter sido uma delícia,  mas não era tanto assim... Exigente, a Excelência tinha de ser embalada em braços durante longos minutos (mesmo longos, e muitos!), com cantoria a acompanhar. E quantas vezes não arregalava a pestana no minutinho preciso em que, docemente, o colocava no seu colchão... Aiiiiii. 
Assim, quando chegava o sábado à noite, dia do papá o pôr a dormir, para mim era quase tão bom quanto comer uma enorme fatia de bolo de chocolate :)

A dada altura que já não sei precisar - diria não longe dos 18 meses - o meu piolhito começou a adormecer na nossa cama, após mamar (sendo levado, em braços, e, portanto, já a dormir, até à caminha dele). Confesso que essa mudança na hora de ir fazer ó-ó melhorou substancialmente o nosso final de dia! As minhas costas deram gritos de euforia - libertas dum chumbinho sempre em crescendo - e o marido libertou-se da condenação de sábado à noite.

Mas, e como já o disse anteriormente, nos bebés/crianças todas as fases são passageiras (ainda que algumas pareçam mais intermináveis do que outras - a das birras, por exemplo, ainda está activa. Anda mais calmo, mas não desiste de, volta e meia, atirar o barro à parede a ver se cola). 

Assim, esta semana começou a era "papá". 

Vai comigo para a cama conjugal - até porque ainda o amamento - mas na hora em que o João Pestana aparece, chama pelo pai para o levar para a naninha. "Papá! Naninha!", diz ele. 
Adormece na cama dele, mas o pai tem de ficar sentado ao lado até que feche os olhitos :) 

Neste momento estão os dois no quarto do rebento a "trabalhar" para o sono. E a mamã está a partilhar com vocês vivências de uma família feliz. 
A três é que é  bom! 


Nota: Entrada editada com alteração da foto. Gira esta, hein? Com uma semaninha de vida! Lindo!



sábado, 23 de maio de 2015

Puzzles

Há umas três/quatro semanas, quando cheguei à creche, uma das educadoras disse-me que, nessa manhã e após uns bons momentos de stress e de desespero, o meu pequeno príncipe conseguiu fazer, sozinho, um puzzle de 4 peças. 

Fiquei super orgulhosa, claro está! 

Os puzzles de madeira, de encaixe de animais ou veículos, ele já fazia há uns meses. Os últimos que lhe comprei datam de antes do Natal. Tornaram-se tão elementares que lhe perdeu o interesse.

Mas puzzles de peças de encaixe - dos verdadeiros :) - é outra conversa. 

Assim, em casa, eu separava as peças de cada puzzle (estão todos numa só caixa) e ele montava-os. 

No entanto, esta quinta feira, enquanto eu preparava o jantar, ele pediu-me para fazer os puzzles. Peguei na caixa dos puzzles (onde tem 4 puzzles de 4 a 6 peças) e entreguei-lha, prometendo ajuda-lo em alguns minutos. 
Qual não foi o meu espanto de o ouvir chamar a dizer: camião,  camião dos Bombeiros! O meu menino grande separou as peças do camião de entre todas as peças da caixa e montou, sem ajuda, o puzzle de 6 peças! E concluio os restantes,  da mesma forma, separando cada conjunto de puzzles da caixa. Tanto, mas tanto orgulho!

Naturalmente que sou suspeita, não fosse este "piqueno" meu filho, mas parece-me tão despachadinho :) Bravo amor!  

A três é que é bom! 




sábado, 16 de maio de 2015

Parque Maravilhoso

É a segunda vez que levamos o nosso pequeno príncipe ao Parque Maravilhoso.

Da primeira vez - já há um ano - fomos com a prima e o amiguinho. Hoje, decidido ao improviso, fomos apenas os três :)

É uma espécie de pequeno zoo, com um número reduzido de animais mas com uma relativa variedade de espécies. Não tem animais de grande porte. Os bicharocos mais crescidos que por lá vivem são dois burros :) Mas tem espécies dos 5 continentes.

Além dos bichinhos, tem muitos espaços de diversão para a pequenada - escorregas, estruturas de madeira, baloiços, jogos de água - e dispõe, ainda, de um comboio, de um poney-express, de minicars e de minigolf.

O meu rebentinho gostou muito dos veados e das cabras, a quem deu comida. Brincou com um macaco (minúsculo) e observou, curioso, os aquários de peixes coloridos. Aos outros animais não prestou especial atenção, tendo mesmo demonstrado algum receio dos burros - pelo tamanho, presumo.

O que mais o entusiasmou, contudo, foram o comboio e o poney-express. Não sossegou enquanto não foi dar uma voltinha no tchou-tchou logo à chegada e, para a despedida, demos uma voltinha a "cavalo".

É um espaço onde voltaremos de tempos a tempos. Porque o contacto com a natureza e os animais faz bem à saúde :)

A três é que é bom! 










quinta-feira, 14 de maio de 2015

Pequenas coisas

Costuma-se dizer que a vida é feita de pequenos nadas. E assim é!

Esta semana, no regresso a casa depois do trabalho - o meu príncipe volta comigo - decidimos fazer um pequenino desvio na rota e parar o carro para nos aventurarmos campos adentro em busca das vacas.

Desde inícios de abril que as vemos, todas as manhãs, a pastar nos pastos verdejantes. E todas as manhãs o meu filho as aponta e exclama: vaca!
Portanto, era hora de as ir cumprimentar ☺

Ficou muito excitado com os ruminantes, mas acabou encantado com outra coisa: os dente-de-leão. Diga-se que no meu tempo os conhecia pelo nome de "o teu pai é careca?". Mas com a ajuda do marido lá descobri o nome correto das flores/ervas...

Mas retomando: ao notar que havia tanto dente-de-leão por ali espalhado, o pequenito ficou curioso e agachou-se para colher um. Como lhe mostrei o que podia fazer com aquilo (soprar ou abanar, e ver as partículas a fugir aos 4 ventos), foi motivo para a cada 2 passos parar para os apanhar e, ato continuo, os arremessar ao ar.

Divertiu-se imenso! E eu derreti-me com a simplicidade da sua felicidade. Souberamos nós, adultos, aproveitar as pequenas coisas como as nossas crianças... Seríamos, tenho a certeza, um pouquinho mais felizes.

A três é que é bom!







segunda-feira, 4 de maio de 2015

Holanda

O inverno é longo, os dias são curtos. Há tempos que ansiava por um pulinho além fronteiras. O fim de semana prolongado veio mesmo a calhar.
Como nos tinham recomendado a visita ao Keukenhof - jardim de tulipas e outras flores na Holanda - achamos por bem ajuizar por nós mesmos e lá nos metemos a caminho.
Combinamos encontro em Amesterdão com um casal de amigos e a filhota, visto termos 3 dias para laurear. 

Amesterdão tem muito charme! Contrariamente à primeira vez que lá fomos, não visitamos qualquer museu. Limitamo-nos a vaguear pelas ruas, numa redescoberta duma cidade tão única quanto encantadora, com os seus edifícios tortos, os canais e uma multidão de gente descomplexada. Para quem viaja com uma criança de nem dois anos - em carrinho de bebé - torna-se por momentos stressante. Os ciclistas são muito agressivos e é preciso abrir a pestana para não ser atropelado.

A visita ao jardim das flores começou da pior forma: fila medonha de trânsito! A organização do parque de estacionamento é eficaz mas até lá chegar quase arranquei os cabelos. Felizmente o pequeno príncipe estava meio a dormitar...
Não digo que a visita não valha a pena, mas deixou a desejar. Imaginava campos gigantescos de tulipas de todas as cores. Encontramos canteiros, muito  bem arranjados, de uma grande variedade de tulipas e narcisos e algumas flores mais, das quais não sei o nome. O jardim está muito bem  arranjado, sem dúvida.  Mas falta- lhe a grandiosidade que eu esperava.

No terceiro dia decidimos fugir à confusão das cidades e visitar os moinhos. Leidschendam e Kinderdijk. Na primeira localidade são apenas três,  mas conseguimos chegar pertinho e tirar belas fotos :) A chuva obrigou-nos a voltar para o carro mais rápido que previsto. Em Kinderdijk, ficamos a contemplar ao longe. A falta de estacionamento e a chuva aniquilaram  os planos de aproximação.  

O meu pequenote comportou-se de uma maneira geral muito bem. 
Teve momentos em que me fez arrepender sair de casa - com as birras para sentar no carrinho, em que não queria andar a pé nem de cu tremido - em que me deixou triste - com a mania de dar palmadas à mãe e ficar com cara de desafiador - em que me deixou envergonhada - a fazer uma barulheira e sujeira nos restaurantes. Mas, por outro lado, sendo certo que saiu da rotina e se viu, na grande parte do tempo, a gramar programas de adultos,  sem a possibilidade de extravasar a energia e de correr à sua livre vontade, tenho de admitir que se portou bastante bem e que nem fez assim tanta fita. Há miúdos bem mais crescidos a portarem-se como verdadeiros bebés :) 
Ficou, portanto, a satisfação de um fds com amigos, longe da rotina, em boa companhia, num país que tem muito que ver e que merece o desvio.

Voltaremos um dia, para refazer os museus e vaguear de bicicleta junto aos canais. Quando o rebento for maior. A três é  que é  bom!