quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Época pré-natalícia

Muitas vezes - se não sempre - o período que antecede os grandes acontecimentos é muito mais intenso do que o acontecimento em si.

Faz hoje uma semana que fomos comprar a nossa árvore de Natal. Foi o pequeno príncipe que a escolheu. Entusiasmado, corria de um lado para outro a gritar: "esta não, uma grande!". Lá levamos para casa um pinheirinho que, não sendo o mais arranjado, foi o feliz contemplado para alegrar o nosso lar.
Foi decorado com muito empenho pela mamã e pelo filhote, tendo ficado basicamente igual ao do ano passado, porque a decoração é a mesma :) Mas está encantador. 

No sábado passado, a convite de amigos, fomos conhecer o Marché de Noël de Bernkastel. Quase nos esquecemos que estamos na Alemanha, com as casas estilo alsacianas. Outra particularidade são os nadadores, de tocha na mão, rio abaixo... a escoltar o S. Nicolau que vai de barco.

Sim, que na noite do 5 para o 6 celebra-se o S. Nicolau. Sendo tradição local o Saint Nicholas trazer prendinhas para os meninos que se portam bem, nós não poderíamos deixar de aderir - não que o pequenote mereça muito... que tem andado rebelde... mas enfim, é Natal :) 
Claro que o S. Nicolau não se limitou a deixar prendas em nossa casa... Também passou na casa dos avós, dos padrinhos, das tatás... Muito mimado, que o rebento foi.

No domingo foi dia de visitar, novamente, o Marché de Noël da capital, com a avó e o avô. 
Para nós é sempre desgastante, porque, com todas as atrações de barraquinhas, decorações, pista de patinagem, luzes, música, pessoas... o meu filhote fica super excitado e quer ver tudo, ir a todo lado... num frenesim que só de ver cansa.
Mas faz parte. E estamos cá para isso.

Agora sim, já começa a saber a Natal.

três é que é bom!


sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Fada das chupetas

Se me perguntassem, antes de ser mãe, o que é que eu achava das chupetas, eu diria "a evitar". Depois do meu pequeno príncipe nascer, e de me pôr o peito em sangue tal era a vontade de sucção, decidimos que se calhar a chupeta poderia ser uma aliada. E foi. Na hora de dormir e naqueles momentos em que parecia que nada resultava para o acalmar, a chupeta acabou por se revelar de uma eficácia surpreendente.

Contudo, e como é de conhecimento comum, o uso prolongado da chupeta acaba por deformar os dentes, o céu da boca e prejudicar a fala. Vai daí, e para preparar o piolho para o "desmame", havíamos combinado que as deixaria junto à árvore de Natal, para o Pai Natal as  levar para os bebés que não têm e deixar em troca umas prendinhas.
Este era o plano.

Acontece que o meu pequenito começou a pedir a chupeta sem ser na hora de dormir. Cerrada nos dentes, não havia modo de lha tirar sem provocar um enorme berreiro. Então, para o incitar a entregar-me a chupeta a bem, expliquei-lhe que a Fada das Chupetas vem buscar todas as chupetas dos meninos que as usam sem ser para dormir. Ameacei uma, duas, três vezes.
No dia em que me fez a viagem toda para a creche de chucha na boca, a Fada das Chupetas veio buscá-las todas. Foi há mais de 15 dias. Dia de S. Martinho. Nesse dia, quando o fui buscar à creche, expliquei-lhe que, por ter usado a chupeta sem ser para dormir, que a Fada as tinha vindo buscar. Desde então não voltou a ter chupeta.

Nos primeiros dias pedia a chucha, na hora de dormir, mas explicamos-lhe que era irreversível. Além de que o tínhamos avisado que isso acabaria por acontecer. Nunca chorou a implorar pela chupeta e acabou por esquecer. Foi bastante simples, no final de contas :)

A três é que é bom!

                                                    A decorar a árvore de Natal em casa dos avós

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Jardim zoológico

Começo por vos dizer que não gosto de jardins zoológicos. É desolador ver os felinos - os meus animais favoritos - dopados e encarquilhados, confinados a meia dúzia de metros quadrados. São bicharocos que em estado selvagem são maravilhosos. Mas quando em zoo têm sempre aquele ar infeliz e apático, de quem não vive e apenas existe.

Mas pronto. A verdade é que, não fossem os zoos, muitas espécies de animais já teriam desaparecido. E quantos de nós teriam a oportunidade de ver o rei leão ao vivo e a cores?

Assim sendo, no passado sábado - e porque o tempo estava a contento - decidimos visitar um dos zoos das proximidades, reputado pelo enorme número de animais que alberga e cuja atração atual é um espetáculo com os tigres.

Na receção compramos pipocas que podíamos dar a alguns animais - na sua maioria, animais domésticos, com exceção do urso, que as apanhava em pleno voo. 

Não vou citar todos os animais que vimos - até porque não me lembraria de todos - mas apenas os que mais marcaram o piolhinho: os tigres (de bengala e siberianos), os leões (castanhos e brancos), o puma (cujo rosnar se fazia ouvir por todo o parque), os lobos brancos (que tanto fizeram a mamã chorar da outra vez que visitou o zoo) o urso castanho (o polar estava doente), os rinocerontes (o bebé estava a mamar na mamã), as girafas, os elefantes, os pinguins, o espetáculo dos leões marinhos, os gorilas, o pónei (a quem tentou dar pipocas, mas a medo), as cabras (essas sim, fartaram-se de comer milho) e o espetáculo dos tigres.

Em relação ao espetáculo dos tigres... é deprimente! 8 tigres - lindos! - corridos à chibatada por um idiota que se diz domador, é um triste cenário.
Os tigres estão dopados e, ainda assim, não obedecem ao fulano. Fazem um pouquinho o que lhes dá na real gana, a arrastarem-se de um lado para o outro numa arena minúscula. Não gostei. Nada!
O momento alto do espetáculo foi quando um dos tigres rosnou ao pateta que o tentava manipular e eu desejei que lhe mandasse uma patada - sem aleijar, vá... mas suficientemente forte para por um termo naquela atração ridícula. Feito à semelhança do circo, é inapropriado e cruel. 

Com os prós e os contras, não posso deixar de concluir que foi um bom dia, até porque o pequeno príncipe adorou. Só adormeceu já no regresso a casa, exausto e feliz e com muitas histórias para contar.

A três é que é bom!


segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Domingo de Outono

"No Outono as folhas ficam amarelas e caem. As árvores ficam nuas." O pequeno príncipe não se cansa de me repetir este resumo simples do que é o Outono -  e eu não me canso de o ouvir.

A mamã já lhe tinha prometido que um dia destes íamos apanhar as folhas no parque e ver, com os nossos próprios olhos, a magia das folhas a cair e a desnudar as árvores.

Como ontem estava um belo dia de sol - ainda que fresquinho - aproveitámos para sair da toca e desfrutar dos raios. 

Tendo proposto ao rebento irmos apanhar folhas, disse-me que não, que queria andar de bicicleta. Ok. Seja feita a sua vontade. :)
Acompanhados pelo avô, fomos ao parque da escolinha perto da casa deste. Deu umas voltinhas rápidas e sem muito entusiasmo. Ainda não consegue dar a volta completa aos pedais, mas às meias pedaladas lá vai indo... 

Saciada a vontade de pedalar, fomos ao parque não muito longe dali. Ficamos encantados com uma perseguição entre dois esquilos, num pinheiro altíssimo, e sem entender se aquilo era uma luta ou um acasalamento. O certo é que acabámos por seguir viagem, e os dois bicharocos lá continuavam a correr um atrás do outro.

No parque infantil o meu piolho subiu no cavalo, andou no escorrega, passou o passadiço agarradinho ao papa, andou no baloiço e correu relva fora, à procura das folhas grandes caídas pelo chão.
No meio das folhas encontrou castanhas, propositadamente largadas para os animais. E é claro que a tentação de as apanhar foi imediata. Depois de encher as mãos da mamã de castanhas, decidimos deixá-las juntinho ao pinheiro onde tínhamos visto os esquilos, para estes comerem no inverno - quando a neve chegar e a comida escassear. 

E entretanto era hora de regressar, com duas folhas do outono na mão para dar a avó que ficou com o Benny e o coração cheio de felicidade.

A três é que é bom!


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Dia do Pai

Contrariamente a muitas outras festividades, o Dia do Pai não se festeja no mesmo dia em todo o mundo. E aqui, no Grão-ducado, celebra-se no primeiro domingo de outubro.

Portanto, enquanto que muitos dos meus familiares, amigos e conhecidos estavam preocupados em não ir votar (o meu voto, por correspondência, não contou para aquela estúpida taxa de abstenção!), nós estávamos empenhados em celebrar o Pappendag.

A prendinha da creche estava bem escondida em casa, tendo conseguido que o pequeno príncipe se esquecesse dela, evitando uma entrega antecipada. 
Durante a semana tínhamos combinado que faríamos um bolo de chocolate especial "fête des pères". Assim, no domingo de manhã, quando o pequenito abriu a pestana às 6h30 da manhã, descemos para cumprir a nossa missão.
Ainda antes de metermos mão à obra, o pai recebeu a prendinha que as educadoras ajudaram o filhote a preparar. Uma sequência de 4 fotos do rebento, em cada uma segurando uma letra P A P A. Tão lindo. Confesso que fiquei com uma ponta de ciúme, ao ver aquele sorriso largado do meu tesouro, todo ele para o pai :)

O bolo, feito com todo o carinho e com a ajuda efetiva do piolho, só poderia ficar bom. É a receita mágica, que toda a gente aprecia :) Levámo-lo para casa dos avós, porque o avô também é o pai da mamã... E não só partilhamos o bolo como nos deliciamos com o prazer do meu mais que tudo a saboreá-lo! Nham nham.

E porque era um dia mesmo especial, tínhamos que ter um programa diferente.

Desde as férias que o filhote pedia para irmos à piscina. No entanto, por razões várias, ainda não tínhamos conseguido arranjar tempo para o levar. No domingo foi o dia. A infraestrutura, além das piscinas para os pequenitos, tem toboggans e uma piscina de ondas! "É o mar", dizia ele. Ele gostou e eu amei. Nada nos enche mais o peito do que a felicidade estampada na cara dos nossos filhos, né?

A três é que é bom!


sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Benny

A nossa família está a crescer!

A pedido do pequeno príncipe - com o apoio incondicional do papa e algumas reservas da mamã - adotámos um gatinho!

A nossa ideia de pais era de adotar um cão. Porque são mais previsíveis e mais amigos do dono. Os gatos - felinos! - são muito independentes e de comportamentos repentinos, o que nem sempre se conjuga com as brincadeiras próprias dos pequenos terríveis.

No entanto, e feita a devida ponderação dos prós e contras, concordámos que um gato seria mais facilmente encaixável no nosso dia a dia e no nosso modesto lar.

A ideia tornou-se objetivo ainda antes das férias. 

Ainda em agosto fomos ao asilo com a intenção de adotar um gato pardo que nos tinha fascinado aquando da primeira visita. Mas não o trouxemos. O meu rebentinho fixou-se no gatinho pequenino, que estava na caixa ao lado, todo simpático e bem disposto - mas que ainda não estava para adoção, porque não tinha ido ao veterinário e era muito novinho.
"Mas - disse-nos a senhora - fiquem atentos ao site que brevemente estará disponível."
Ontem foi o dia!
Ainda não eram 13h00 e o asilo publicou novos gatos para adoção. Às 17h00 o Benny já era nosso :)

O meu filho está feliz da vida com o gatinho lá por casa. E o bichinho, super meiguinho, só lhe falta ladrar para ser um cão. Segue-nos por todo o lado, brinca, salta, rebola... E faz as necessidades na areia, para felicidade da mamã. 
Vamos ver em que estado encontro a casa mais logo :)

Tenho a certeza que este "plus" só veio trazer mais alegria a uma família feliz. A três é que é bom!


terça-feira, 15 de setembro de 2015

Cócó no pote

Já há várias semanas que uma das histórias antes de dormir era "T'choupi vai ao pote" - sendo certo que o pequeno príncipe absorve cada palavrinha dos livros que lhe lemos ou que ele folheia sozinho, da frente para trás, de trás para a frente, compenetrado e curioso.

Contudo, e apesar do estímulo exterior, a cada tentativa de o pôr no pote ou na sanita a resposta era inequívoca: "Não quero!".
Ok... Aguardemos. O momento certo há-de chegar.

No sábado passado, estávamos os dois em casa, e por duas vezes me disse: "mamã, quero ir ao pote". Apesar de ter sido mais rápida do que a minha própria sombra, quando cheguei com o pote já o presente estava na fralda, em ambos os momentos... Mas pareceu-me um bom começo. Expliquei-lhe que teria que me dar mais tempo para a próxima vez.

Ontem, já aconchegadinho na cama para dormir, disse-me que tinha cócó. Lá o levantei, tirei o pijama, abri o body, desfraldei... e não havia lá nada! Mais uma oportunidade para mim - mãe chatinha e persistente - de perguntar se queria ir ao pote. Respondeu que sim.
Sentei-o, fez uma careta de quem está a puxar, e pensei para mim: "és um fiteiro!". Mas depois do teatro veio aquela cara de quem está realmente num momento de libertação e hop... lá estava ele... o primeiro cócó no pote do meu menino lindo!

Nunca pensei que ver um cagalhoto no fundo dum penico me deixasse tão feliz :) :)

A três é que é bom! 

PS: Não vos vou "presentear" com a foto que fizemos :)


terça-feira, 25 de agosto de 2015

Amamentação

Ainda grávida, mais do que a hora H, temia a iniciação à amamentação. 
Dona de peitos sensíveis, sem formação de bico, e filha de mãe com experiência negativa no que toca o aleitamento materno, o cenário desenhava-se difícil. 

E foi.

Ao segundo/terceiro dia depois do nascimento do pequeno príncipe, tinha os peitos em ferida. As dores eram imensas. O ato de amamentar uma tortura. Recomendaram-me o uso de bico em silicone. Ajudou. Mas ainda assim, e até sarar as gretas, cada mamada era acompanhada de lágrimas a escorrer pela cara abaixo. Nem consentia que me falassem, concentrada naquele momento, a tentar esquecer a dor e a vontade de desistir.
Mas dizia a mim mesma que tinha de "me fazer de forte" porque nada há de melhor para um bebé do que o leitinho da mamã (sem esquecer a praticabilidade e a economia). E que, depois daquele ponto de sofrimento, a coisa só podia melhorar... 
Além disso, eu precisava que ele mamasse, para me aliviar do imenso desconforto do peito cheio de leite...

Nessa convicção e persistência, ao fim de uns dias (ainda que longos e dolorosos) amamentar passou a ser um ato natural e reconfortante. Sem qualquer dor ou desconforto. 

Amamentei em exclusivo até aos 5 meses do meu filho, altura em que iniciamos a introdução dos legumes. 

Quando voltei ao trabalho, depois da gravidez, (já ele tinha 10 meses) , consegui manter a amamentação porque já só mamava de manhã e à noite (às vezes à tarde, quando regressávamos a casa).

Entretanto, desde janeiro último, passou a mamar apenas do peito direito, dizendo que o outro estava seco. Na verdade sempre teve leite, mas, não sei porquê, o pequenito deixou de pegar no peito esquerdo.

Muitos me perguntavam (incluindo o meu médico de família e a pediatra) até quando pretendia amamentar... 
Inicialmente tinha estabelecido que amamentaria até aos 2 anos de idade do meu filho - se ele assim quisesse e até porque a OMS recomenda a amamentação até essa idade. 
Contudo, chegados a junho passado, e tendo lido sobre o desmame, concluí que seria o pequeno príncipe a decidir quando deveria deixar a mama. Não lhe quis impor a rutura, sendo certo que a mim não me fazia qualquer repugna ou desarranjo amamentar. Os dias difíceis da iniciação ficaram bem lá atrás. 

Por conseguinte, e consequência do desinteresse manifestado durante as férias em Palma de Maiorca, foi assim que na sexta-feira passada amamentei pela última vez, quando o meu rebentinho, já com 2 anos e quase 2 meses de idade decidiu largar o peito e encerrar este capítulo.

Sinto-me orgulhosa por ter conseguido resistir à imensa tentação de desistir. Teria sido o caminho mais fácil, na altura. Escolhi o mais difícil. 
E valeu a pena. Cada lágrima derramada ficou largamente compensada pela simplicidade/facilidade/comodidade que se tornou amamentar.

Ao meu marido fica o agradecimento pelas tentativas de me dar coragem naqueles primeiros dias. Sei que teria trocado de lugar comigo, se pudesse. 

A três é que é bom! 







sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Palma de Maiorca

Numa espécie de depressão pré-regresso-ao-trabalho, decidi autoflagelar-me um pouquinho recordando como foram as nossas férias.

Das 3 semanas que hoje findam, 15 dias foram passados em Palma de Maiorca. Ficamos de 4 a 18 de agosto em Cala Mandia, num resort totalmente vocacionado para receber famílias com crianças de todas as idades. 
Até ao 12 de agosto éramos 8 - 5 adultos e 3 crianças... ou seriam 3 adultas e 5 crianças??? Depois juntaram-se a nós um casal amigo com o filho adolescente. 

Foram dias felizes!

O meu pequeno príncipe adorou as piscinas e a praia. 
Na piscina dos escorregas brincou até perder o fôlego. Ora no escorrega verde, ora no azul, ora nos vermelhos, ora a fazer de tubarão com a tátá L. e o amiguinho... Foi um desassossego e um cansaço.

Na piscina baixinha dos meninos pequeninos, e depois de o termos convencido a colocar a bóia e as braçadeiras, acabou por aprender a saltar, rodopiar, flutuar, quase nadar e engolir litros de água com cloro e muito xixi :/ 
Destemido e aventureiro, "nadou" numa das piscinas grandes onde a mamã quase não tinha pé, sem ninguém a segurá-lo (além das bóias, claro!).

Na praia fizemos castelos de areia, buracos, túneis (com a ajuda preciosa da tatá C.), jogamos à bola e enterramos o papá até ao pescoço! A mamã, que nunca tinha feito um castelo de areia na vida, tornou-se perita na área, batendo de largo a sua adversária direta, a tatá B. :)

A água do mar, deliciosa de transparente e quentinha, convidava a banhos e a mergulhos. O meu pequenote divertiu-se muito com o seu barco sem vela e com os saltos nas ondas (quase inexistentes). 
Da praia fica, ainda, a recordação das picadas de alforreca (acho este nome mais engraçado do que medusa) na barriga do ZA e na mão da tátá C. Ui, que dores, disseram eles. Uma coisa é certa: ficaram as marcas de guerra :)

Todas as noites havia espectáculos. O Blaudi e a Blaudina, conjuntamente com a equipa de animação do hotel, divertiam a pequenada. Para os mais crescidos houve flamenco, capoeira, musicais, magia, teatro. No entanto, e vá-se lá saber porquê, esta era a hora em que os 3 rebeldes se lembravam de correr e fugir e fazer desesperar os pais. Três monstrinhos à solta. 

Não posso dizer que ficamos a conhecer Palma de Maiorca, porque, na verdade, foram férias muito "caseiras". Com 3 miúdos traquinas na bagagem, só tivemos coragem de sair do hotel para fazer o percurso no comboio turístico até Porto Cristo e uma viagem de barco que, se tivesse durado mais do que as 2 horas que escolhemos, acabaria em tragédia :) 
Da viagem de autocarro do aeroporto até Cala Mandia recordo uma ilha pouco asseada. 
Da fama que as baleares gozam nada pude apurar, felizmente. A zona que escolhemos era muito tranquila e fica bem longe da confusão. 

Certamente por simpatia, disseram-me que falava muito bem o castelhano. Tenho a certeza que não. Mas que me divertia a tentar, lá isso divertia :) 

E assim finda o pequeno registo das nossas merecidas férias. A três é que é bom. 



quarta-feira, 22 de julho de 2015

A quatro mãos vai mais rápido

Os momentos de stress lá em casa multiplicam-se - sobretudo porque estou a criar um piolhinho que acha que pode mandar e desmandar a seu belo prazer - mas também partilhamos episódios deliciosos.

De entre as inúmeras aquisições que registámos no desenvolvimento do pequenito, está a sua convicção de que pode fazer tudo como os adultos. Vai daí, dos mais simples atos do quotidiano aos mais elaborados, está sempre apto e disponível para também experimentar (digo experimentar, mas ele diz fazer - acha mesmo que já sabe).

Ontem foi dia de ajudar a mamã na cozinha. 
Há tempos, e para o distrair, tinha-lhe pedido que me ajudasse com os legumes para a sopa, que deixei que colocasse na panela, depois de descascados e lavados.
Portanto, quando lhe disse que íamos parar a brincadeira juntos  por uns minutos, porque a mamã tinha de preparar o jantar, aprontou-se logo para me auxiliar. Foi arrastar a cadeira até à bancada e empoleirou-se nela, para me ajudar na culinária :)
Estava a cortar tomates, para fazer arrozinho (que ele adora), pelo que lhe pedi para os colocar da tábua para o prato. Não era atividade que permitisse grande intervenção do meu menino, mas lá consegui encontrar um meio para que colaborasse e sentisse que era parte integrante da árdua tarefa :)

Entre os tomates que foram para a boca e os que colocou no prato, passamos um momentinho bem engraçadinho e sem algazarra.

Digo-vos que esta fase do "quero, posso e mando" está a ser extenuante, porque exige, a cada segundo, que tenhamos de nos debater para conseguir que o pequeno príncipe realize os mais elementares atos do dia a dia. A cada palavra que lhe dirigimos recebemos um "não" redondo, seja essa resposta admissível ou disparatada. 
Como me dizem: "é a idade de testar limites". Pois bem, o meu rebento está em vias de conseguir o mestrado na área. Oxalá não anseie pelo pós-doutoramento :P

Independentemente da luta diária, dos cabelos que me apetece arrancar (da minha própria cabeça!) e das guerras ganhas e perdidas, digo-vos que não me arrependo de ter abraçado este "projeto". 
A três é que é bom!


sexta-feira, 17 de julho de 2015

Quanta negatividade :)

Há uns dias atrás (semanas...) comentava com o meu marido que a próxima entrada no blog seria intitulada "olha mamã". 
Sim, que essa era, até há não muito tempo, a frase que mais saía da boca do meu pequeno príncipe.

Olha mamã, o popó preto! Olha mamã, o camião! Olha mamã, uma mota amarela! Olha mamã, a bolinha "rouge"! Olha mamã, olha mamã, olha mamã... 

Entretanto começou com a famosa frase: "mamã, que estás a fazer?" (num português perfeitamente compreensível ainda que não perfeito). E fica à espera de uma resposta completa. Nada de monossílabos nem respostas rápidas. Quer uma explicação capaz de corresponder a toda aquela curiosidade inata. É um interesse genuíno e verdadeiro.
Se lhe perguntarmos: "e tu, o que estás a fazer?" também nos elucida. Tão fofo!

Esta semana entramos em cheio na famosa e temida fase da negação. É não para tudo e para todos, a toda a hora e a todo o instante. 
- "Queres brincar com o popó? - não! não quer!"
- "Queres leitinho? - não! não quer!"
- "Vamos vestir o casaco para ir embora? - não! não quer!"
- "Dás um beijinho à mamã? - não! não quer!"
... e por aí em diante.

É não e não e não, independentemente de a seguir fazer ou pedir exatamente o que lhe é proposto.

Decidi seguir um conselho que li algures na net que é propor-lhe alternativas, de modo a que o "não" não seja resposta possível. Do género: "queres vestir o casaco azul ou o verde?". E até que funciona. 
O piolho satisfaz a sua ansia de decisão e de "eu é que sei o que quero" e nós, pais, evitámos de nos debater a cada instante para que faça isto ou aquilo. Estratégias simples, afinal de contas.

Com um pequerrucho arrebitado a querer mandar lá por casa vos digo que: a três é que é bom!


*** FOTO EM FALTA ***

quinta-feira, 9 de julho de 2015

O tempo

Passamos a vida a falar do tempo... Seja do mau tempo, seja do bom tempo, seja da falta dele... Apontado como o tema de conversa, quando nada mais há a dizer, o tempo é muito falado e discutido.

Pois bem, hoje, e apenas porque sim, também decidi que era tempo de falar do tempo :) 

Meteorologicamente falando, devo dizer-vos que o tempo tem estado (de ontem para cá, menos) extraordinário - nas várias aceções da palavra. Não apenas invulgar - diferente do habitual - como também inesperado e fantástico. Com temperaturas acima dos 30º, só nos falta a praia. 

O pequeno príncipe, que costumava oferecer resistência a t-shirts e calções - por lhe faltar parte do tecido para cobrir a chichinha - acabou rendido a estas indumentárias, típicas dos dias bons.
As noites é que têm sido mais complicadas. Nos primeiros dias de calor as casas ainda se mantinham frescas, mas agora que a temperatura desceu no exterior, tornaram-se abafadas e pesadas.
Acorda de noite a pedir água e transpirado. Rebola de um lado para o outro sem conseguir conciliar o sono. De manhã, quando é preciso levantar, está ferradinho e acaba por ficar rabugento ao ver-se forçado a acordar... Paciência...

Na segunda-feira, quando o fui buscar à creche, encontrei-o enfiado na piscina, com os amiguinhos, todo refastelado.
Confesso que estava ansiosa por esta experiência, porque no verão passado não se mostrou muito satisfeito com a ida a banhos... E sempre pensei que se mostraria mais recetivo se fosse uma atividade do conjunto, e não apenas com a mamã. Parece que não me enganei. A educadora contou que mostrou alguma resistência a princípio, mas que acabou por apreciar. Fico contente! Temos previstas férias na praia, pelo que convém que o malandreco esteja disponível para "mergulhar" :)

Falando de tempo, no sentido do decurso, devo dizer-vos que o facto do meu menino ter completado 2 anos me fez acordar para a evidência de tudo estar a acontecer muito depressa. Bem sei que é corriqueiro dizer que o tempo passa a correr, mas é bem verdade. Ainda ontem estávamos a planear ter um filho, num instante passaram  os 9 meses de gravidez e eis-me mãe de um menino de 2 anos. Sim que, agora, já não é um bebé, é um menino! É de arrepiar! 
Quase sinto saudades do meu bebé, que pegava no colinho e embalava. Que enchia de beijos sem ele barafustar e dizer: "mamã, arrête!" - porque está muito apressado para ir brincar... Sinto-o a ganhar asas a cada dia, e isso é assustador. 
Vá, claro que é delicioso vê-lo atarefado na sua vidinha, cheio de energia e de coisas pra fazer, falador como a mãe,  reguila e fiteiro como o pai, enfunado como a avó :) Mas, digamos que acordei para a dura realidade de que o meu filho - como os dos outros - não é apenas meu. É um cidadão do mundo e está a cada dia mais perto de voar... 

E, nesta sequência, vem aquela tristeza pelo pouco tempo que passamos juntos. É certo que tentamos aproveitar da melhor maneira os momentos a dois/três, mas conscientes de que nunca é muito. Entre as refeições, o banho, o sono, não restam muitos minutos para o lazer, a descoberta, os mimos :(


E agora chega. Depois de tanto tempo a lamuriar, é tempo de vos lembrar da grande descoberta depois da maternidade: A três é que é bom! :)


domingo, 28 de junho de 2015

2 aninhos

O fim de semana foi de festa! O pequeno príncipe completou dois aninhos!!! 

No sábado festejamos em casa com o papá,  a mamã, o avô, a avó, o padrinho,  a madrinha e a prima. Diga-se, para quem não o sabe, que o meu piolho tem mais família. No entanto a distância não permite o convívio frequente...


Hoje foi dia de celebrar com os amiguinhos! Aos convidados de ontem juntaram-se os pequenitos dos amigos da mamã e do papá.
Num total de 8 crianças, fomos todos zigzaguiar e correr, pular, saltar, escorregar... até não aguentar mais.
Os adultos cederam ao cansaço muito antes dos pirralhos. Estes, extasiados e frenéticos, não pararam 5 minutos. Não sei de onde lhes vem tanta energia!
O aniversariante estava tão ocupado na brincadeira que foi preciso segurá-lo no colinho para cantar os parabéns.

Fiquei muito satisfeita com a escolha do local da festinha e os olhos brilhantes, apesar dos rostinhos cansados, dos pequenitos confirmaram que foi a opção correta.

Não me vou debruçar sobre o facto do meu menino JÁ ter 2 anos!

Sinto-me demasiado nostálgica para pensar/escrever sobre estes últimos 24 meses... tão mas tão maravilhosos/plenos/intensos... precedidos de 9 meses em que, apesar de ainda não o conhecer, já fazia parte de mim e da minha vida, já condicionava as minhas decisões e, claramente, já se havia tornado a minha razão de existir. AMO-TE FILHO!

Acreditem no que vos digo: a três é que é mesmo bom!





domingo, 21 de junho de 2015

Fim de semana especial

Eu cresci na aldeia. Correr de pés descalços na rua, entrar e sair de casa a todo o momento, conhecer pelo nome todos os meus vizinhos... nada disto me é estranho.

Contudo o meu pequeno príncipe sempre viveu na cidade. A porta fecha-se quando entramos em casa. Os vizinhos conhecemos de vista. A rua não é local para brincar.

No fim de semana passado fomos à santa terrinha para visitar a família e matar saudades do cheiro a pinheiro.
Para o meu pequenote equivaleu a uma aterragem no paraíso! Nunca o tinha visto tão excitado com tudo e com todos. Parecia um recluso em liberdade. 
Era um correr desnorteado em todos os sentidos. Um beijar desenfreado a conhecidos e desconhecidos. Um palrar sem limites e por vezes até sem nexo. Um vrum vrum com os popós em todo o lado.

Passou três dias quase sem descansar, ansioso por correr, brincar, conhecer, descobrir, conquistar... Dos três foi ele quem mais aproveitou. Despreocupado e altamente entusiasmando, não nos deu sossego.

Não tivemos sorte com o tempo - frio e de chuva, pior do que os dias agradavelmente amenos que deixáramos para trás. 
Contudo, o carinho e afeto daqueles que nos querem bem foram o suficiente para nos aquecer o coração.

Na sexta e no sábado ficámos pela terra Natal, com visita à família e amigos (não todos, que tempo foi curto). 
No domingo, dia de aniversário da mamã, tínhamos previsto passar o dia no zoo com as tias e primos emprestados. As ameaças de chuva obrigaram-nos a alterar os planos. Fomos todos conhecer o D. Manuel I no World of Discoveries, na cidade invicta. Gosto tanto do Porto, carago! :)

Todo o tempo teria sido pouco para matar toda a saudade.

E porque nunca é demais dizê-lo: a três é que é bom!



domingo, 7 de junho de 2015

Domingo bom!

O dia começou cedo, como todos os outros, aliás.

Ainda que hoje o rebento pudesse aproveitar para dormir até mais tarde - o que seria de todo do agrado dos pais - ainda não eram sete horas e já estava de pestana aberta.

Papáaaaaaaaaaa! O pai lá foi, deu-lhe a chupeta, e voltou para a cama na esperança que o pequenote pegasse de novo no sono. 
Dois minutos depois: Mamãaaaaaaaaaaaaaaa! E pronto, acabara-se o sossego :)

Às 10h30 estávamos a sair de casa para aproveitar o lindo dia de sol.

A caminho da residência dos avós passamos pelo local onde vamos festejar o aniversário do pequeno príncipe, para que este e o papá pudessem ajuizar da conveniência do local escolhido pela mamã. Ficou aprovado. O popó da foto é apenas um dos atrativos do local. Mais pormenores, para depois da festa ;)

Depois do almoço e da sesta, e porque o calor apertava - coisa rara, por estas bandas - tivemos todos direito a um gelado. E o do meu filhote - surripiado das mãos da mamã, após ter recusado pegar num só para si - foi O Primeiro Gelado. Um magnum amêndoa mini. Hummmmm! Nham nham! Além dos bigodes maravilhosos, foi uma delicia vê-lo comer entusiasmado o gelado. 

Durante o passeio ao centro da cidade ainda tivemos oportunidade de ver o Tour cá do sítio e assistimos a um trecho da banda musical a atuar no coreto municipal.

A mamã, em dia de pontaria, teve descontos em todas as lojas onde entrou para fazer shopping. 
Mas que belo domingo este.

A três é que é bom!




sexta-feira, 29 de maio de 2015

Nanar com o papá

Nos primeiros meses de vida do pequeno príncipe,  e porque a mamã estava em casa de licença, o "privilegio" de adormecer a criaturinha recaía, maioritariamente,  sobre mim.

Poderia ter sido uma delícia,  mas não era tanto assim... Exigente, a Excelência tinha de ser embalada em braços durante longos minutos (mesmo longos, e muitos!), com cantoria a acompanhar. E quantas vezes não arregalava a pestana no minutinho preciso em que, docemente, o colocava no seu colchão... Aiiiiii. 
Assim, quando chegava o sábado à noite, dia do papá o pôr a dormir, para mim era quase tão bom quanto comer uma enorme fatia de bolo de chocolate :)

A dada altura que já não sei precisar - diria não longe dos 18 meses - o meu piolhito começou a adormecer na nossa cama, após mamar (sendo levado, em braços, e, portanto, já a dormir, até à caminha dele). Confesso que essa mudança na hora de ir fazer ó-ó melhorou substancialmente o nosso final de dia! As minhas costas deram gritos de euforia - libertas dum chumbinho sempre em crescendo - e o marido libertou-se da condenação de sábado à noite.

Mas, e como já o disse anteriormente, nos bebés/crianças todas as fases são passageiras (ainda que algumas pareçam mais intermináveis do que outras - a das birras, por exemplo, ainda está activa. Anda mais calmo, mas não desiste de, volta e meia, atirar o barro à parede a ver se cola). 

Assim, esta semana começou a era "papá". 

Vai comigo para a cama conjugal - até porque ainda o amamento - mas na hora em que o João Pestana aparece, chama pelo pai para o levar para a naninha. "Papá! Naninha!", diz ele. 
Adormece na cama dele, mas o pai tem de ficar sentado ao lado até que feche os olhitos :) 

Neste momento estão os dois no quarto do rebento a "trabalhar" para o sono. E a mamã está a partilhar com vocês vivências de uma família feliz. 
A três é que é  bom! 


Nota: Entrada editada com alteração da foto. Gira esta, hein? Com uma semaninha de vida! Lindo!



sábado, 23 de maio de 2015

Puzzles

Há umas três/quatro semanas, quando cheguei à creche, uma das educadoras disse-me que, nessa manhã e após uns bons momentos de stress e de desespero, o meu pequeno príncipe conseguiu fazer, sozinho, um puzzle de 4 peças. 

Fiquei super orgulhosa, claro está! 

Os puzzles de madeira, de encaixe de animais ou veículos, ele já fazia há uns meses. Os últimos que lhe comprei datam de antes do Natal. Tornaram-se tão elementares que lhe perdeu o interesse.

Mas puzzles de peças de encaixe - dos verdadeiros :) - é outra conversa. 

Assim, em casa, eu separava as peças de cada puzzle (estão todos numa só caixa) e ele montava-os. 

No entanto, esta quinta feira, enquanto eu preparava o jantar, ele pediu-me para fazer os puzzles. Peguei na caixa dos puzzles (onde tem 4 puzzles de 4 a 6 peças) e entreguei-lha, prometendo ajuda-lo em alguns minutos. 
Qual não foi o meu espanto de o ouvir chamar a dizer: camião,  camião dos Bombeiros! O meu menino grande separou as peças do camião de entre todas as peças da caixa e montou, sem ajuda, o puzzle de 6 peças! E concluio os restantes,  da mesma forma, separando cada conjunto de puzzles da caixa. Tanto, mas tanto orgulho!

Naturalmente que sou suspeita, não fosse este "piqueno" meu filho, mas parece-me tão despachadinho :) Bravo amor!  

A três é que é bom! 




sábado, 16 de maio de 2015

Parque Maravilhoso

É a segunda vez que levamos o nosso pequeno príncipe ao Parque Maravilhoso.

Da primeira vez - já há um ano - fomos com a prima e o amiguinho. Hoje, decidido ao improviso, fomos apenas os três :)

É uma espécie de pequeno zoo, com um número reduzido de animais mas com uma relativa variedade de espécies. Não tem animais de grande porte. Os bicharocos mais crescidos que por lá vivem são dois burros :) Mas tem espécies dos 5 continentes.

Além dos bichinhos, tem muitos espaços de diversão para a pequenada - escorregas, estruturas de madeira, baloiços, jogos de água - e dispõe, ainda, de um comboio, de um poney-express, de minicars e de minigolf.

O meu rebentinho gostou muito dos veados e das cabras, a quem deu comida. Brincou com um macaco (minúsculo) e observou, curioso, os aquários de peixes coloridos. Aos outros animais não prestou especial atenção, tendo mesmo demonstrado algum receio dos burros - pelo tamanho, presumo.

O que mais o entusiasmou, contudo, foram o comboio e o poney-express. Não sossegou enquanto não foi dar uma voltinha no tchou-tchou logo à chegada e, para a despedida, demos uma voltinha a "cavalo".

É um espaço onde voltaremos de tempos a tempos. Porque o contacto com a natureza e os animais faz bem à saúde :)

A três é que é bom! 










quinta-feira, 14 de maio de 2015

Pequenas coisas

Costuma-se dizer que a vida é feita de pequenos nadas. E assim é!

Esta semana, no regresso a casa depois do trabalho - o meu príncipe volta comigo - decidimos fazer um pequenino desvio na rota e parar o carro para nos aventurarmos campos adentro em busca das vacas.

Desde inícios de abril que as vemos, todas as manhãs, a pastar nos pastos verdejantes. E todas as manhãs o meu filho as aponta e exclama: vaca!
Portanto, era hora de as ir cumprimentar ☺

Ficou muito excitado com os ruminantes, mas acabou encantado com outra coisa: os dente-de-leão. Diga-se que no meu tempo os conhecia pelo nome de "o teu pai é careca?". Mas com a ajuda do marido lá descobri o nome correto das flores/ervas...

Mas retomando: ao notar que havia tanto dente-de-leão por ali espalhado, o pequenito ficou curioso e agachou-se para colher um. Como lhe mostrei o que podia fazer com aquilo (soprar ou abanar, e ver as partículas a fugir aos 4 ventos), foi motivo para a cada 2 passos parar para os apanhar e, ato continuo, os arremessar ao ar.

Divertiu-se imenso! E eu derreti-me com a simplicidade da sua felicidade. Souberamos nós, adultos, aproveitar as pequenas coisas como as nossas crianças... Seríamos, tenho a certeza, um pouquinho mais felizes.

A três é que é bom!







segunda-feira, 4 de maio de 2015

Holanda

O inverno é longo, os dias são curtos. Há tempos que ansiava por um pulinho além fronteiras. O fim de semana prolongado veio mesmo a calhar.
Como nos tinham recomendado a visita ao Keukenhof - jardim de tulipas e outras flores na Holanda - achamos por bem ajuizar por nós mesmos e lá nos metemos a caminho.
Combinamos encontro em Amesterdão com um casal de amigos e a filhota, visto termos 3 dias para laurear. 

Amesterdão tem muito charme! Contrariamente à primeira vez que lá fomos, não visitamos qualquer museu. Limitamo-nos a vaguear pelas ruas, numa redescoberta duma cidade tão única quanto encantadora, com os seus edifícios tortos, os canais e uma multidão de gente descomplexada. Para quem viaja com uma criança de nem dois anos - em carrinho de bebé - torna-se por momentos stressante. Os ciclistas são muito agressivos e é preciso abrir a pestana para não ser atropelado.

A visita ao jardim das flores começou da pior forma: fila medonha de trânsito! A organização do parque de estacionamento é eficaz mas até lá chegar quase arranquei os cabelos. Felizmente o pequeno príncipe estava meio a dormitar...
Não digo que a visita não valha a pena, mas deixou a desejar. Imaginava campos gigantescos de tulipas de todas as cores. Encontramos canteiros, muito  bem arranjados, de uma grande variedade de tulipas e narcisos e algumas flores mais, das quais não sei o nome. O jardim está muito bem  arranjado, sem dúvida.  Mas falta- lhe a grandiosidade que eu esperava.

No terceiro dia decidimos fugir à confusão das cidades e visitar os moinhos. Leidschendam e Kinderdijk. Na primeira localidade são apenas três,  mas conseguimos chegar pertinho e tirar belas fotos :) A chuva obrigou-nos a voltar para o carro mais rápido que previsto. Em Kinderdijk, ficamos a contemplar ao longe. A falta de estacionamento e a chuva aniquilaram  os planos de aproximação.  

O meu pequenote comportou-se de uma maneira geral muito bem. 
Teve momentos em que me fez arrepender sair de casa - com as birras para sentar no carrinho, em que não queria andar a pé nem de cu tremido - em que me deixou triste - com a mania de dar palmadas à mãe e ficar com cara de desafiador - em que me deixou envergonhada - a fazer uma barulheira e sujeira nos restaurantes. Mas, por outro lado, sendo certo que saiu da rotina e se viu, na grande parte do tempo, a gramar programas de adultos,  sem a possibilidade de extravasar a energia e de correr à sua livre vontade, tenho de admitir que se portou bastante bem e que nem fez assim tanta fita. Há miúdos bem mais crescidos a portarem-se como verdadeiros bebés :) 
Ficou, portanto, a satisfação de um fds com amigos, longe da rotina, em boa companhia, num país que tem muito que ver e que merece o desvio.

Voltaremos um dia, para refazer os museus e vaguear de bicicleta junto aos canais. Quando o rebento for maior. A três é  que é  bom!


segunda-feira, 27 de abril de 2015

Mises à jour

Dado o lapso de tempo entre a última entrada e o dia de hoje, achei por bem fazer-vos um apanhado dos acontecimentos mais relevantes dos últimos 15 dias.

Começo por vos contar que na semana que se seguiu à "perseguição" ao Coca, o meu pequeno príncipe ficou doente. Nada de extraordinário - apenas uma constipação - mas como teve febre, não pôde ir à creche. A solução de emergência foi ficar em casa do avô.
É um regalo para os dois! O neto faz tudo o que quer - seja comer pintarolas, ovinhos de chocolate, pintar as paredes, brincar com o telemóvel, ver televisão.... - e o avô desfruta de tempo com o piolho.
Claro que eu muito agradeço esta disponibilidade do meu pai, e se não achasse que ficam bem os dois, ficava eu em casa para cuidar do filho que, afinal de contas, é da minha responsabilidade.

Com o avô, o pequenito fez não apenas tudo o que já brevemente citei acima, como viu as máquinas a trabalhar (uma das suas recentes paixões) e iam juntos dar couves às galinhas. Os cócós do avô já não o assustam.

No sábado que se seguiu a essa semana de convalescença, o avô e o padrinho vieram a nossa casa para instalar os candeeiros e trouxeram a priminha para brincarem juntos. Divertiram-se muito com o comboio, as bolas e os popós. Claro que no grande popó a prima não teve muita oportunidade de andar porque o meu filho quase não larga o carro e, mal a viu chegar, correu para o Porsche, não fosse a prima apoderar-se dele...

Bem tento incutir-lhe o sentido da partilha, mas vejo que ele é bastante possessivo em relação aos seus brinquedos. Muitas vezes, agarra tudo o que pode nos braços e foge para um canto, para brincar só ele.

Este último sábado tivemos a visita de um casal - pais da namoradinha do meu menino (brincadeira nossa, de mães, que andávamos grávidas ao mesmo tempo) - e bem observei o desespero do meu filho, quando a menina se colocou em cima do carrito. Estava ansioso que ela saísse, só não a arrancando de lá porque lhe disse que não havia razão para não emprestar o seu popó e que deveria esperar que a amiguinha o abandonasse, para ele pode andar. Assim que a miúda saiu do carro, correu em largada para o recuperar e assapar a toda a velocidade.
Acho que há aqui uma certa vaidade do fedelho. Na forma como anda e domina o veículo, quando comparado com os amiguinhos, dá-lhes um festival! Muita prática :)

Outra novidade destes dias aconteceu na hora do pequeno almoço. Em casa, ao fim de semana, costumámos comer torradas com café com leite. O meu filho tem por hábito comer apenas o miolo do pão, fazendo grandes buracos no meio das fatias. No fim de semana passado, e seguindo o meu exemplo, quis molhar o pão dentro do leite, o que só faz sentido se molhar a parte da côdea (o miolo desfaz-se todo).
Mais do que aprovar o facto de não desperdiçar comida, achei muito engraçado o seu jeitinho a molhar o pão para, ato contínuo, se queixar que está com os dedos molhados. "Molhalho", diz ele. 

Para colmatar, ontem foi a festinha dos 3 anos da minha afilhadinha (e dos 33 do meu irmão)! Prova inequívoca de como o tempo passa a voar. Calma tempo! Vamos com calma! Eu quero viver muito ainda. Quero aproveitar esta nova vida que começou quando decidimos ter um filho. É que: a três é que é bom! 


terça-feira, 14 de abril de 2015

Gatooooooooooooooo

A grande maioria dos miúdos gosta muito de animais. O meu pequeno príncipe não foge à regra.

Na segunda-feira de Páscoa fomos a um parquezito, perto de casa, onde, para além de um escorrega, tem alguns animais domésticos: ovelhas, um porco, patos, coelhos, galinhas, gansos, veados, pombos e acho que mais nada. De todos os bichinhos, o que mais lhe despertou a atenção foi um gato - da vizinhança - que nos acompanhou na visita. Gatoooooooooo, gatoooooooooo. Lá ia ele a correr atrás do malandreco do felino, que também parecia estar a gostar da brincadeira, pois não arredou pé.

Neste domingo foi a vez do gato da vizinha dos avós. O meu piolho já o conhece e até o chama, alto e bom som, pelo nome: Cocaaaaaaaaaaaaaaa! Cocaaaaaaaaaaaaaaaaaa!
O bicho não está habituado a crianças e por isso não se deixa chegar muito perto, tendo batido em retirada, antes que fosse tarde demais e acabasse esmagado entre dois braços pequeninos e fofos :)

Nós, que estávamos a pensar arranjar um cão - ainda sem data definida, dado a sobrecarga de trabalhos que vai acarretar - ficamos na dúvida se não seria mais do agrado do filhote ter um gato... Hum... Penso que não. Os cães são mais fiáveis.


E entre dúvidas de qual o animal a adotar, deixo-vos a certeza de que: 
A 3 é que é bom!


domingo, 5 de abril de 2015

Caça aos ovos da Páscoa

Não sendo uma tradição da minha terra, nem tão pouco algo que recorde da minha infância, descobri, já em idade "avançada", que pela Páscoa é comum em muitos lugares/países organizar a caça aos ovos.

Esta foi a segunda quaresma do meu pequeno príncipe. No ano passado ainda não andava para poder apanhar os ovos - e gatinhar ao frio e no molhado não se me afigurou como um bom plano. Mas este ano já estava previsto - na minha cabeça - que teria direito a uma espetacular caçada no jardim da vizinha da avó :)

A preparação para o grande dia começou com algumas semanas de antecedência. 
Tendo descoberto, no meio da literatura infantil lá de casa, o livro do T'choupi que vai apanhar ovos de Páscoa, coloquei-o ao alcance do pequenote, para lhe despertar o interesse, e, juntos, vimos e lemos por várias vezes as aventuras do T'choupi.

Assim, hoje quando disse ao meu piolhito que iamos apanhar ovos de chocolate e coelhinhos no jardim, tal como o T'choupi, ele ficou todo entusiasmado e agarrou logo no cestinho, colaborante. 

O único momento de resistência foi face à relva, um pouquinho crescida e desnivelada. Ainda hesitou, meio desconfiado da firmeza debaixo dos pés. Mas tendo avistado um coelho de chocolate lá ao fundo, decidiu arriscar e deu o primeiro de muito passos :)

Foi com um enternecimento desmesurado que acompanhei a primeira caça aos ovos de Páscoa do meu rebentinho. Encontrou-os todinhos, tendo-os colocado, um a um, dentro do cestinho que a mamã lhe deu para o efeito. Volta e meia soltava um T'choupi, lembrando que já vira o bonequito a fazer aquilo, e que por isso sabia bem como proceder. Tão lindo!

O dia de Páscoa nunca me despertou especial interesse, mas quando associado a momentos destes, torna-se memorável e inesquecível. 
A três é que é bom!






segunda-feira, 30 de março de 2015

Fun fun fun

Quando a primavera não é sinónimo de sol, e o fim de semana se apresenta de chuva e muito vento, é preciso encontrar alternativas às saídas ao parque para distrair os pequenotes.

A ideia não foi minha, mas caiu que nem ginjas. Passo a contar:

Durante a semana passada a minha afilhada foi, com os meninos da creche, a um complexo de diversão e voltou para casa extasiada e ansiosa por voltar.
Ontem, quando passamos lá por casa para entregar o ramo à madrinha - não vá o pequerrucho não ter direito ao folar ahahah - soubemos do programa para a tarde de domingo e fomos convidados a juntarmo-nos ao bando, uma vez que o amiguinho de ambos também viria. Claro que aceitamos.

Vai daí, depois da sesta, lá nos encontramos todos para proporcionar aos piolhos uns momentos de lazer e de descarga de energia (às vezes parecem movidos a energias renováveis com o simples respirar).

O meu pequeno príncipe, a minha afilhada e o amiguinho partiram, cada um na sua direção, em busca do que mais lhes agradava. 
Claro que o meu filho se agarrou aos popós - como se não tivesse iguais em casa - e só a custo conseguimos que brincasse nos tanques de bolas e nos escorregas. Já na reta final encontrou uma mota e então foi a loucura total. Foi com baba e ranho que conseguimos arrancá-lo de lá - já com as luzes semi-apagadas. 
A princesa, maiorzinha, adora os escorregas e as estruturas para subir. Foi um encanto vê-la atarefada, a correr de um lado para o outro, ansiosa por mais e mais diversão. 
Dos três,o amiguinho foi o mais recatado. A falta de sesta fez-se sentir. Ainda assim acho que se divertiu muito e é, sem dúvida alguma, uma experiência a repetir.
Gostaram os miúdos e os graúdos. Que o diga o meu marido que, com a desculpa de acompanhar o filho, se fartou de brincar :)

A velha máxima continua de atualidade: A três é que é bom!




quinta-feira, 26 de março de 2015

Brinquedos novos

O meu rebento continua a adorar carros - pouco importa os tamanhos e as funcionalidades - mas achei por bem proporcionar-lhe a oportunidade de variar as brincadeiras.
Puzzles, livros, bolas, pistas, cubos... fazem parte da panóplia de bugigangas que há lá por casa.
Para fazer companhia ao pequeno tambor comprado nas férias na Madeira, faltavam outros instrumentos musicais.
Vai daí encomendei um bombo e um xilofone. O bombo chegou primeiro (e acabou sendo prenda de uma querida amiga e colega). E mal chegou, logo se foi! 
O entusiasmo foi enorme. As pancadas meio descoordenadas. Mas o resultado final não era previsível num tão curto espaço de tempo. Não compreendo como é que um brinquedo concebido para crianças a partir dos dois anos se fina em menos de 5 minutos.
Com uma tristeza enorme estampada nos olhos, vejo o meu pequeno príncipe a olhar, ora para mim, ora para o bombo, com cara de: "o que é que aconteceu?". Um buraco enorme no bombo e o sabor amargo da festa que acabou mesmo antes de ter começado.
Lá saíu com o papá para comprar outro bombo, de preferência um pouquinho mais resistente, enquanto a mamã magicava a devolução do estragado - que, só por defeito, se poderia ter estragado com tamanha facilidade. 
Voltaram ambos mais felizes e com uma vontade louca de "bombar". 

No dia seguinte chegou o xilofone. Em madeira e ferro, pelo que presumi que duraria mais tempo do que o bombo. 
Faz um som engraçado, que ainda não se tornou desconfortável porque o meu piolho não lhe dá muito uso. Bate com os pauzinhos (não sei como é que aquilo se chama) com toda a força. Às vezes acerta nas mãos. Outras vezes atira tudo pelos ares. Lá vai experimentando. Gostou. Mas os carros continuam a levar a melhor.

Para completar a coleção de instrumentos musicais o pequenote foi presenteado com uma bela guitarra, prenda de uns queridos amigos. 
Ao fim de alguns minutos as cordas estavam fora do sítio. Mas pouco importa. Faz parte do aprendizado. 

De toda a maneira, o que me interessava era proporcionar-lhe outras experiências e colocar ao seu dispor outros instrumentos que não guizos e teclados que emitem som de animais e partituras completas de música infantil.

Se vier a gostar de música, ótimo. Se não for o caso, ótimo na mesma. Só quero que seja feliz :)
(Eu queria tanto ter aprendido a tocar piano...)

Já podemos pegar cada um no seu instrumento e dar um concerto de gargalhadas e boa disposição. A três é que é bom!



quinta-feira, 19 de março de 2015

Reflexões

Faz hoje um ano que terminou a minha licença de maternidade ("congé parental"). Não voltei logo ao trabalho, porque tinha as férias de 2013 para gozar, mas não tarda muito e festejo o primeiro ano do meu filhote na creche.
Na altura estava muito apreensiva com a antevisão do futuro: deixar o meu menino entregue a desconhecidos, num lugar tão novo para mim como para ele, com regras e horários, com outros miúdos - nem sempre amiguinhos e prontos a transmitir vírus e viroses...
Custou-me muito.
Mas hoje, fazendo um balanço destes 11 meses em comunidade, não posso tirar outra conclusão que não seja: fez-lhe tão bem!
Os vírus e viroses tornaram-no mais forte e resistente. Teve de ficar alguns dias em casa. Tivemos noites mal dormidas. Passamos momentos pouco agradáveis. Certo. Mas não apanhou nada que não seja o normal nestas idades e com isso o seu organismo adquiriu imunidades.

Com os outros miúdos aprendeu a ter de partilhar. Às vezes lutar pelo que quer - chegando a casa arranhado e mordido. Aprendeu a esperar pela sua vez. Aprendeu que não é o único à face da terra e que, tal como ele, os outros meninos também acham que são a "prioridade". Partilham frustrações e descontentamentos, tão importantes para o crescimento quanto o afeto e o carinho.

As educadoras, com quem muito converso, não apenas para saber como se porta o pequeno príncipe, mas também para trocar experiências e pontos de vista, são simpáticas e profissionais. Tenho mais afinidade com as do grupo dos grandes (onde está o piolhinho desde janeiro) e desde que mudou de grupo que se nota que está mais ativo e desperto. 
Por exemplo, hoje, enquanto o amamentava, lembrou-se de colocar os peluches como plateia e começou a cantarolar uma musica, acompanhada de um esbracejar meio descoordenado, que, imagino, seja a coreografia que aprendeu na creche. Estava o rebento no papel de educador, de frente para os Tigres e os Mickeys, que desempenhavam, estes, o papel que lhe cabe a ele e aos outros meninos, sentados e alinhados. Muito engraçado.

Falando em Mickey, este que inicialmente era chamado de Mani, passou a Micki, para agora ser apelidado de Mika Maussss - tão fofo! Só ouvido :)

Resta dizer que os valores e princípios que pratica na creche são diariamente transmitidos e reforçados em casa. Porque a educação é em casa que começa. É aos pais que cabe o papel de educar. Educar com Amor! (ainda não acabei de ler o livro do Pediatra Mário Cordeiro, com este título).

A três é que é bom!