quinta-feira, 9 de julho de 2015

O tempo

Passamos a vida a falar do tempo... Seja do mau tempo, seja do bom tempo, seja da falta dele... Apontado como o tema de conversa, quando nada mais há a dizer, o tempo é muito falado e discutido.

Pois bem, hoje, e apenas porque sim, também decidi que era tempo de falar do tempo :) 

Meteorologicamente falando, devo dizer-vos que o tempo tem estado (de ontem para cá, menos) extraordinário - nas várias aceções da palavra. Não apenas invulgar - diferente do habitual - como também inesperado e fantástico. Com temperaturas acima dos 30º, só nos falta a praia. 

O pequeno príncipe, que costumava oferecer resistência a t-shirts e calções - por lhe faltar parte do tecido para cobrir a chichinha - acabou rendido a estas indumentárias, típicas dos dias bons.
As noites é que têm sido mais complicadas. Nos primeiros dias de calor as casas ainda se mantinham frescas, mas agora que a temperatura desceu no exterior, tornaram-se abafadas e pesadas.
Acorda de noite a pedir água e transpirado. Rebola de um lado para o outro sem conseguir conciliar o sono. De manhã, quando é preciso levantar, está ferradinho e acaba por ficar rabugento ao ver-se forçado a acordar... Paciência...

Na segunda-feira, quando o fui buscar à creche, encontrei-o enfiado na piscina, com os amiguinhos, todo refastelado.
Confesso que estava ansiosa por esta experiência, porque no verão passado não se mostrou muito satisfeito com a ida a banhos... E sempre pensei que se mostraria mais recetivo se fosse uma atividade do conjunto, e não apenas com a mamã. Parece que não me enganei. A educadora contou que mostrou alguma resistência a princípio, mas que acabou por apreciar. Fico contente! Temos previstas férias na praia, pelo que convém que o malandreco esteja disponível para "mergulhar" :)

Falando de tempo, no sentido do decurso, devo dizer-vos que o facto do meu menino ter completado 2 anos me fez acordar para a evidência de tudo estar a acontecer muito depressa. Bem sei que é corriqueiro dizer que o tempo passa a correr, mas é bem verdade. Ainda ontem estávamos a planear ter um filho, num instante passaram  os 9 meses de gravidez e eis-me mãe de um menino de 2 anos. Sim que, agora, já não é um bebé, é um menino! É de arrepiar! 
Quase sinto saudades do meu bebé, que pegava no colinho e embalava. Que enchia de beijos sem ele barafustar e dizer: "mamã, arrête!" - porque está muito apressado para ir brincar... Sinto-o a ganhar asas a cada dia, e isso é assustador. 
Vá, claro que é delicioso vê-lo atarefado na sua vidinha, cheio de energia e de coisas pra fazer, falador como a mãe,  reguila e fiteiro como o pai, enfunado como a avó :) Mas, digamos que acordei para a dura realidade de que o meu filho - como os dos outros - não é apenas meu. É um cidadão do mundo e está a cada dia mais perto de voar... 

E, nesta sequência, vem aquela tristeza pelo pouco tempo que passamos juntos. É certo que tentamos aproveitar da melhor maneira os momentos a dois/três, mas conscientes de que nunca é muito. Entre as refeições, o banho, o sono, não restam muitos minutos para o lazer, a descoberta, os mimos :(


E agora chega. Depois de tanto tempo a lamuriar, é tempo de vos lembrar da grande descoberta depois da maternidade: A três é que é bom! :)


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