sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Olhinhos que brilham

Com o Natal a menos de um mês, já se vêm janelas enfeitadas, varandas iluminadas com luzinhas de mil cores, Pais Natal pendurados nas grades e chaminés, pinheirinhos decorados com bolinhas de todos os tamanhos...

No fim de semana passado, e porque a  minha afilhada estava ansiosa por fazer a árvore, decidimos, em conjunto, decorar o pinheiro em casa dos avós. Os rebentinhos estavam todos entusiasmados. Com a preciosa colaboração deles colocamos as luzes, as bolinhas, os sininhos e outros enfeites. A minha afilhada, com a ajuda do tio (meu marido) colocou a estrela bem lá no cimo. E no final ficaram ambos como dois tolinhos, a adorar o pinheirinho, extasiados.
Momentos destes não têm preço.

Aliás, o meu pequeno príncipe anda encantado. Dá gritinhos de alegria, aponta para todos os lados, numa excitação sem fim.

Durante a semana fomos ao centro comercial e, uma vez mais, o meu pequerrucho foi avassalado por um turbilhão de emoções, ao deparar-se com corredores a transbordar de cores e luzes intermitentes. Acenava em todas as direções, sem saber muito bem para onde se virar, tantas eram as coisas mesmo giras para ver :)

Ontem, no regresso a casa, tivemos uma surpresa (não, o nosso pinheiro não estava lá, decorado e à nossa espera... Isso não! - vamos comprá-lo amanhã e fazemos questão de o decorar a três!).
A surpresa foi que, finalmente, a nossa cidade decidiu ligar o cabo das iluminações públicas - sim, que os postes estavam decorados há umas duas semanas mas não havia meio de as luzes estarem acesas.
O meu pequenino ficou tão feliz! É que, além das decorações ladearem uns bons 2 km de rua, mesmo em frente às nossas janelas está um poste todo cintilante. Portanto, de casa, e no meio da brincadeira, pode parar e ficar a olhar, demorada e apaixonadamente, para aquelas luzinhas brilhantes que tanto o maravilham.

Bem sei que tem um dedo meu, nesta alegria eufórica do meu principezinho :) 
A três é que é bom! 




terça-feira, 25 de novembro de 2014

Corte à homenzinho

O meu pequeno príncipe, não tendo nascido com uma fantástica cabeleira, também não fez jus aos Nenucos que tanto se vendem nesta época natalícia e que não têm um cabelinho que seja :) Nasceu com a cabeça coberta de cabelitos finos e escuros.

O tempo manteve a textura fina mas modificou a cor, estando com o cabelo cada vez mais clarinho (sem ser loiro).
Em fevereiro tivemos a primeira ida ao salão de cabeleireiro. Foi uma experiência gira, mas pouco produtiva. A minha amiga, que é dona e proprietária de salão de beleza (ahaha) apenas conseguiu aparar os cabelos mais longos, aliviando os olhos e libertando as orelhas. 

O mesmo se diga dos subsequentes cortes de cabelo - sempre meio atribulados, com o filhote a fugir da tesoura e a desviar a cabeça sempre que se lhe pegava nas repas. 

Urgia, contudo, uma intervenção naquele cabelo que, além de lhe estar novamente à frente dos olhos, lhe cobria as orelhitas e quase dava para fazer um rabo de cavalo :)

Ontem foi o dia. Fomos a casa da minha amiga - evitando o salão e todas as suas distrações - e, embora tivesse mostrado alguma resistência, lá conseguimos unir esforços - eu a distraí-lo com brinquedos e a cabeleireira a fazer o seu trabalho - e levamos a bom porto o nosso empreendimento. O meu pequenino saiu de lá com um corte à homenzinho que lhe fica uma delícia! 
Que lindo que ele está!
Bem sei que sou suspeita. Mas hoje, ao chegar à creche, os elogios choveram e não houve quem ficasse indiferente ao novo arzinho de senhorinho do meu pequeno príncipe.

Tão bom! A três é que é mesmooooo bom



segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Apertos e amassos

Domingo é, regra geral, dia de almoço em casa dos avós, onde se reúne a família toda. E com toda quero dizer: avós, padrinho, madrinha e prima, além dos 3 personagens protagonistas deste espaço :)

Ontem havia, além dos acima identificados, um casal convidado, mas que para o contexto desta história não acrescentam nem retiram.

O que quero partilhar com vocês são os momentos de ternura entre o meu pequeno príncipe e a princesa da minha afilhada.

Desde sempre que mantiveram uma relação afetuosa e de carinho. No entanto, desde que o meu filhote caminha que se nota mais a dependência mútua e o corrupio de um atrás do outro. Correm às voltinhas, sentam no mesmo espaço, brincam com os mesmos brinquedos - que são, aliás, dos dois, visto que se tratam dos brinquedos em casa dos avós e que, portanto, não pertencem a nenhum deles - ainda que, volta e meia, se peguem por ambos desejarem aquele peluche ou aquela bola, ou aquele puzzle no mesmo preciso momento. Coisas perfeitamente naturais e que demonstram o quanto se tratam de crianças.

Contudo, e no meio destas pequenas guerras, existem os momentos de puro deleite que são os apertos e amassos que ambos  se oferecem, acompanhados de beijos e  de sorrisos tontos. Agarram-se como se não houvesse amanhã, tentam, em vão, levantar-se um ao outro, num xi esmagador, e por fim trocam beijos, ora na cara, ora onde calha :)
Tão fofinhos!

Ainda não consegui filmar estas demonstrações de carinho, porque, e como em tudo o que fazem, são tão repentinos que quando damos conta, já está a acontecer. Além de que, nestas loucuras de primos, precisam de auxilio e apoio de adultos, ou vão acabar a rebolar juntos no chão :)

Por tantas e tantas coisas é que a três é que é bom!


quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Beijinho!

Estou que nem posso de tanta alegria!
Ontem recebi o primeiro beijo do meu pequeno príncipe. E só quem já passou por isto poderá entender a minha felicidade! Não há nada mais delicioso! Tão bom, tão bom! :)

O meu pequenote já mandava beijinho, com ou sem mão, consoante a sua vontade, havia algum tempo. Mas quando lhe pedíamos para dar um beijo, recebíamos uma boca aberta que mais não desejava que morder a bochecha de quem lha oferecia e dar uso aos dentinhos (que cada vez são mais!). E digo-vos que quando apanhava carne, aquilo doía. Oh se doía.

Mas então, ontem, estávamos nós no momento ternura, entre a maminha e o nanar, e o meu safadito entregou-me o seu tigre favorito para eu morder o nariz - o que ele faz tanto e tanto, que o desgraçado do peluche mete dó de deslavado (como já vos contei, aliás). Eu não o mordi, obviamente, e dei um beijo ao Tigger, dizendo: "dá um beijinho ao tigre, amor!" - e ele deu! 
Entre o ciúme de ter sido o doudou o feliz contemplado com o primeiro beijo, e o êxtase de que talvez também houvesse um para mim, lá o incentivei a dar mais beijinhos. 
Para mim sobrou o terceiro, porque o danado do urso ainda teve o privilégio de receber a segunda beijoca :) Outros se seguiram, distribuídos entre o Tigger, o papá e a mamã. E tudo isto no meio de um grande aparato de risos e gargalhadas, pois não houve como evitar fazer deste momento uma grande festa. 

Repito-vos: foi um momento inolvidável. Gostoso, gostoso, que nem sei como o descrever.

Hoje de manhã não houve beijos para ninguém. Mas tenho esperança de os receber mais tarde. Hummm :)

Se dúvidas houvesse, depois de ontem, ficavam dissipadas: A três é que é bom! :)

Foto: Internet

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Pequenas conquistas

O meu pequeno príncipe, em breve com 17 meses, está cada dia mais safado e mais aventureiro.
Destemido, como qualquer pirralhito da sua idade, não olha por onde anda, pouco se incomodando se os carritos espalhados, as bolas para ali largadas ou os cubos em meia construção o vão fazer vacilar e, eventualmente, cair.

A conquista mais recente e que executa com perfeição é o subir para cima do sofá. Estica a pernita, levanta, levanta, agarra-se bem com as mãos, rasteja - se preciso for - rebola e ops, lá está ele sentadinho no sofá, todo sorridente e com ar vitorioso. Segue-se um refastelar nas almofadas, e, ato continuo, lá desce ele, de marcha a trás, para voltar a repetir.

As escadas, são outra perdição.
Quando usa o último degrau como banquinho, sentando-se todo repinpado a comer uma bolacha, ok... Mas quando se lembra que pode subir, gatinhando, e dessa forma chegar mais longe, a conversa é outra! 
No cimo das escadas tem a grade de segurança e portanto estou tranquila. Mas em baixo não tem (ainda!), e temos de estar sempre de olho no malandreco, não vá o diabo tecê-las... Ou por outra, o fiteiro do filhote, que não perde uma oportunidade para fazer das suas. 

Para mim, mãe, num caso e no outro, é um desespero. Estou sempre receosa que uma dessas aventuras termine com ele estatelado no chão, com um galo na cabeça (e este não é o pior cenário que consigo antever...).
Mas bem sei que não o posso impedir de crescer, sendo estes pequenos passos os primeiros dos muitos que o levarão à independência. E bem orgulhosa fico, de ver como está grande e corajoso! :)

Por estas e por outras vos vou sempre dizendo: a três é que é bom! :)


sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Kleeschen

Klees... quem? - perguntam vocês. 
Kleeschen - é o nome que os luxemburgueses dão ao São Nicolau.
No Luxemburgo não é o Pai Natal quem traz presentes, mas o São Nicolau, que na noite de 5 para 6 de dezembro, deixa em casa dos meninos que se portaram bem uma linda prendinha. Para a pequenada é o personagem principal desta quadra que se aprochega a passos largos.

E porquê falar hoje do Kleeschen, que se festeja a 6 de dezembro, quando estamos a mais de 15 dias da data? 
Já vos explico: é prática deste país o Kleeschen deslocar-se a vários locais para distribuir chocolates pela criançada. O Cactus - espécie de Continente cá do sítio - promove a visita do São Nicolau pelos seus múltiplos armazéns e, para que as datas não se cruzem umas com as outras, começam logo em inícios de novembro a espalhar guloseimas. 
Ontem foi dia de visita do Kleeschen ao Cactus da nossa localidade. E porque, na terra onde fores ter, faz como vires fazer, lá fui eu com o meu pequeno príncipe para a fila, aguardar a nossa vez para receber das mãos do São Nicolau em pessoa o embrulhinho de chocolates, gomas e outras porcarias (que, na sua grande maioria, serão devorados pelo papá, já que são inadequados para um bebé).

No ano passado já tinhamos levado o rebento a conhecer o Kleeschen - e correu muito bem, pois com os seus 5 mesitos pouco lhe incomodaram as barbas grandes e esticou a mãozinha para pegar no embrulho sem cerimónias.

Este ano a cena mudou um bocadinho de figura - o que eu já previa, visto ser bastante comum em bebés da idade do meu filhote reagir negativamente a estranhos, sobretudo quando vestidos de forma esquisita :) 

Chegados ao local, mostrou-se muito entusiasmado, com gritinho excitados, ao ver aquele senhor de vermelho, com uma barba branquinha e muito comprida, sentado numa bela poltrona a entregar presentes aos meninos. Durante a espera na fila esteve sempre muito curioso, a observar, procurando contacto visual com a figura da festa e ansioso por se aproximar e ver de perto.
Quando a nossa vez chegou, agarrou-se ao pescoço da mamã, fez um beicinho pequeno, e não quis tirar foto no colinho do Kleeschen :(
Ainda assim, e guloso como é, esticou a mãozinha e pegou no embrulho que aquele senhor estranho lhe oferecia :)

Como a procissão ainda vai no adro - e muitas outras oportunidades surgirão, até ao 6 de dezembro, de voltar a cruzar o Kleeschen - vamos, com toda a certeza, repetir a experiência e mostrar ao pequenote que o senhor de grande barba e fato vermelho é bomzinho e amiguinho. 

Resta referir que a visita ao Kleeschen foi uma oportunidade para estar com a Tatá e a namoradinha, bem como com a avó desta e o primo :)

Como é? Como é? A três é que é bom ;)


quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Especial Papá

O meu pequeno príncipe tem estado impossível estes últimos dias.
A semana começou com uma tosse terrível, daquelas que, além de acordar o prédio inteiro, impedem, a quem a sente na pele, uma noite repousante e um sono profundo.
Tossiu, chorou, tossiu, chorou... Se dormiu? Acho que não! - Isto, de segunda para terça e de terça para quarta.
Ontem o cenário modificou um pouquinho. A tosse melhorou, mas o choro intensificou-se! Entre choro persistente e gritos prolongados, havia muita baba e muito ranhinho.
Ao jantar não comeu a sopa, não comeu o arroz e nem tão pouco mamou. Nunca que isto havia acontecido.
O meu sentido de mãe diz-me que são dentes - aliás, é um dente. Os outros 3 estão de fora, mas o quarto dos primeiros molares está debaixo de uma gengiva inchadíssima, vermelhíssima, e, penso, essa é a razão pela qual o meu rebentinho passou mais uma noite horrível. 
Chora enquanto dormita, passa pelas brasas enquanto chora. É de partir o coração!

Neste cenário, dos menos famosos desde que o nosso tesouro surgiu nas nossas vidas, o Papá tem sido o amparo noturno. Levantou-se a cada choro, embalou, deu mimo, fez companhia. Em resumo, não dorme há 3 noites, deixando-me a mim descansar nos intervalos da choradeira.

Porque é um papá exemplar, e porque, ainda por cima, hoje festeja o seu aniversário, aqui fica o registo e o agradecimento :) 
Obrigada meu amor. Graças a ti, hoje posso dizer com certeza: A três é que é bom! :)



segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Responsabilidade Parental

Não sei se este meu sentimento é partilhado por alguns de vocês, também pais, de bebés, crianças, adolescentes ou mesmo adultos - mas sempre filhos.

Eu sinto um enorme peso da responsabilidade que me cabe na educação do meu pequeno príncipe.
Todos os dias me questiono se estou a agir da forma mais correta - tendo a certeza absoluta de que muitas vezes falho, e digo o que não deveria, no tom que não deveria - porque não quero, de todo, criar um ser irascível e hediondo como tantos adultos que por aí vagueiam.
Sim! Para mim a culpa de um adulto falhado reside nos pais, que não souberam ou não se preocuparam com ele, quando bebé/criança/adolescente. Não lhe deram o amor e os princípios para fazer dele uma pessoa de bem. Não o prepararam para este mundo complicado. Ou pior, contribuíram, com o desapego, para que crescesse desorientado e perdido e, consequentemente, apto a enveredar pelos caminhos errados - da ganância, da soberba, da ânsia de poder, da falta de escrúpulos e princípios. Do desamor.

Por causa destas dúvidas que me assolam e da consciência de que posso sempre tomar conselho que quem já passou pelo que eu estou a passar, falo muito com colegas/amigas - no trabalho e fora dele - e, partilho as minhas angustias em busca de orientação e de alguma compaixão. Ser-se mãe é muito complicado!

Não me interpretem mal. Eu estou a amar este meu novo estatuto, mas tenho um medo terrível de falhar!

Comprei, há duas semanas, o livro do famoso pediatra português Mário Cordeiro: Educar com Amor. Tinha lido alguns artigos dando conta da sua recém publicação e ouvi, na Rádio Comercial, a promoção do mesmo pelo autor. Achei que seria um bom amigo - como quase todos os livros o são - e muito útil para esta minha missão.
Até à data apenas dei uma vista de olhos. Não me resta muito tempo disponível no já muito preenchido dia e por isso não tenho conseguido dedicar 10 m que sejam à leitura. Mas do pouco que li, gostei. 
Prometo voltar a este assunto e partilhar com vocês os ensinamentos que daí retirar.

Até lá fica uma certeza: a envergadura da responsabilidade é imponente, mas A três é que é bom! :)