Kleeschen - é o nome que os luxemburgueses dão ao São Nicolau.
No Luxemburgo não é o Pai Natal quem traz presentes, mas o São Nicolau, que na noite de 5 para 6 de dezembro, deixa em casa dos meninos que se portaram bem uma linda prendinha. Para a pequenada é o personagem principal desta quadra que se aprochega a passos largos.
E porquê falar hoje do Kleeschen, que se festeja a 6 de dezembro, quando estamos a mais de 15 dias da data?
Já vos explico: é prática deste país o Kleeschen deslocar-se a vários locais para distribuir chocolates pela criançada. O Cactus - espécie de Continente cá do sítio - promove a visita do São Nicolau pelos seus múltiplos armazéns e, para que as datas não se cruzem umas com as outras, começam logo em inícios de novembro a espalhar guloseimas.
Ontem foi dia de visita do Kleeschen ao Cactus da nossa localidade. E porque, na terra onde fores ter, faz como vires fazer, lá fui eu com o meu pequeno príncipe para a fila, aguardar a nossa vez para receber das mãos do São Nicolau em pessoa o embrulhinho de chocolates, gomas e outras porcarias (que, na sua grande maioria, serão devorados pelo papá, já que são inadequados para um bebé).
No ano passado já tinhamos levado o rebento a conhecer o Kleeschen - e correu muito bem, pois com os seus 5 mesitos pouco lhe incomodaram as barbas grandes e esticou a mãozinha para pegar no embrulho sem cerimónias.
Este ano a cena mudou um bocadinho de figura - o que eu já previa, visto ser bastante comum em bebés da idade do meu filhote reagir negativamente a estranhos, sobretudo quando vestidos de forma esquisita :)
Chegados ao local, mostrou-se muito entusiasmado, com gritinho excitados, ao ver aquele senhor de vermelho, com uma barba branquinha e muito comprida, sentado numa bela poltrona a entregar presentes aos meninos. Durante a espera na fila esteve sempre muito curioso, a observar, procurando contacto visual com a figura da festa e ansioso por se aproximar e ver de perto.
Quando a nossa vez chegou, agarrou-se ao pescoço da mamã, fez um beicinho pequeno, e não quis tirar foto no colinho do Kleeschen :(
Ainda assim, e guloso como é, esticou a mãozinha e pegou no embrulho que aquele senhor estranho lhe oferecia :)
Como a procissão ainda vai no adro - e muitas outras oportunidades surgirão, até ao 6 de dezembro, de voltar a cruzar o Kleeschen - vamos, com toda a certeza, repetir a experiência e mostrar ao pequenote que o senhor de grande barba e fato vermelho é bomzinho e amiguinho.
Resta referir que a visita ao Kleeschen foi uma oportunidade para estar com a Tatá e a namoradinha, bem como com a avó desta e o primo :)
Como é? Como é? A três é que é bom ;)
No próximo encontro já não deve estranhar tanto o senhor das barbas vermelhas!
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