segunda-feira, 30 de março de 2015

Fun fun fun

Quando a primavera não é sinónimo de sol, e o fim de semana se apresenta de chuva e muito vento, é preciso encontrar alternativas às saídas ao parque para distrair os pequenotes.

A ideia não foi minha, mas caiu que nem ginjas. Passo a contar:

Durante a semana passada a minha afilhada foi, com os meninos da creche, a um complexo de diversão e voltou para casa extasiada e ansiosa por voltar.
Ontem, quando passamos lá por casa para entregar o ramo à madrinha - não vá o pequerrucho não ter direito ao folar ahahah - soubemos do programa para a tarde de domingo e fomos convidados a juntarmo-nos ao bando, uma vez que o amiguinho de ambos também viria. Claro que aceitamos.

Vai daí, depois da sesta, lá nos encontramos todos para proporcionar aos piolhos uns momentos de lazer e de descarga de energia (às vezes parecem movidos a energias renováveis com o simples respirar).

O meu pequeno príncipe, a minha afilhada e o amiguinho partiram, cada um na sua direção, em busca do que mais lhes agradava. 
Claro que o meu filho se agarrou aos popós - como se não tivesse iguais em casa - e só a custo conseguimos que brincasse nos tanques de bolas e nos escorregas. Já na reta final encontrou uma mota e então foi a loucura total. Foi com baba e ranho que conseguimos arrancá-lo de lá - já com as luzes semi-apagadas. 
A princesa, maiorzinha, adora os escorregas e as estruturas para subir. Foi um encanto vê-la atarefada, a correr de um lado para o outro, ansiosa por mais e mais diversão. 
Dos três,o amiguinho foi o mais recatado. A falta de sesta fez-se sentir. Ainda assim acho que se divertiu muito e é, sem dúvida alguma, uma experiência a repetir.
Gostaram os miúdos e os graúdos. Que o diga o meu marido que, com a desculpa de acompanhar o filho, se fartou de brincar :)

A velha máxima continua de atualidade: A três é que é bom!




quinta-feira, 26 de março de 2015

Brinquedos novos

O meu rebento continua a adorar carros - pouco importa os tamanhos e as funcionalidades - mas achei por bem proporcionar-lhe a oportunidade de variar as brincadeiras.
Puzzles, livros, bolas, pistas, cubos... fazem parte da panóplia de bugigangas que há lá por casa.
Para fazer companhia ao pequeno tambor comprado nas férias na Madeira, faltavam outros instrumentos musicais.
Vai daí encomendei um bombo e um xilofone. O bombo chegou primeiro (e acabou sendo prenda de uma querida amiga e colega). E mal chegou, logo se foi! 
O entusiasmo foi enorme. As pancadas meio descoordenadas. Mas o resultado final não era previsível num tão curto espaço de tempo. Não compreendo como é que um brinquedo concebido para crianças a partir dos dois anos se fina em menos de 5 minutos.
Com uma tristeza enorme estampada nos olhos, vejo o meu pequeno príncipe a olhar, ora para mim, ora para o bombo, com cara de: "o que é que aconteceu?". Um buraco enorme no bombo e o sabor amargo da festa que acabou mesmo antes de ter começado.
Lá saíu com o papá para comprar outro bombo, de preferência um pouquinho mais resistente, enquanto a mamã magicava a devolução do estragado - que, só por defeito, se poderia ter estragado com tamanha facilidade. 
Voltaram ambos mais felizes e com uma vontade louca de "bombar". 

No dia seguinte chegou o xilofone. Em madeira e ferro, pelo que presumi que duraria mais tempo do que o bombo. 
Faz um som engraçado, que ainda não se tornou desconfortável porque o meu piolho não lhe dá muito uso. Bate com os pauzinhos (não sei como é que aquilo se chama) com toda a força. Às vezes acerta nas mãos. Outras vezes atira tudo pelos ares. Lá vai experimentando. Gostou. Mas os carros continuam a levar a melhor.

Para completar a coleção de instrumentos musicais o pequenote foi presenteado com uma bela guitarra, prenda de uns queridos amigos. 
Ao fim de alguns minutos as cordas estavam fora do sítio. Mas pouco importa. Faz parte do aprendizado. 

De toda a maneira, o que me interessava era proporcionar-lhe outras experiências e colocar ao seu dispor outros instrumentos que não guizos e teclados que emitem som de animais e partituras completas de música infantil.

Se vier a gostar de música, ótimo. Se não for o caso, ótimo na mesma. Só quero que seja feliz :)
(Eu queria tanto ter aprendido a tocar piano...)

Já podemos pegar cada um no seu instrumento e dar um concerto de gargalhadas e boa disposição. A três é que é bom!



quinta-feira, 19 de março de 2015

Reflexões

Faz hoje um ano que terminou a minha licença de maternidade ("congé parental"). Não voltei logo ao trabalho, porque tinha as férias de 2013 para gozar, mas não tarda muito e festejo o primeiro ano do meu filhote na creche.
Na altura estava muito apreensiva com a antevisão do futuro: deixar o meu menino entregue a desconhecidos, num lugar tão novo para mim como para ele, com regras e horários, com outros miúdos - nem sempre amiguinhos e prontos a transmitir vírus e viroses...
Custou-me muito.
Mas hoje, fazendo um balanço destes 11 meses em comunidade, não posso tirar outra conclusão que não seja: fez-lhe tão bem!
Os vírus e viroses tornaram-no mais forte e resistente. Teve de ficar alguns dias em casa. Tivemos noites mal dormidas. Passamos momentos pouco agradáveis. Certo. Mas não apanhou nada que não seja o normal nestas idades e com isso o seu organismo adquiriu imunidades.

Com os outros miúdos aprendeu a ter de partilhar. Às vezes lutar pelo que quer - chegando a casa arranhado e mordido. Aprendeu a esperar pela sua vez. Aprendeu que não é o único à face da terra e que, tal como ele, os outros meninos também acham que são a "prioridade". Partilham frustrações e descontentamentos, tão importantes para o crescimento quanto o afeto e o carinho.

As educadoras, com quem muito converso, não apenas para saber como se porta o pequeno príncipe, mas também para trocar experiências e pontos de vista, são simpáticas e profissionais. Tenho mais afinidade com as do grupo dos grandes (onde está o piolhinho desde janeiro) e desde que mudou de grupo que se nota que está mais ativo e desperto. 
Por exemplo, hoje, enquanto o amamentava, lembrou-se de colocar os peluches como plateia e começou a cantarolar uma musica, acompanhada de um esbracejar meio descoordenado, que, imagino, seja a coreografia que aprendeu na creche. Estava o rebento no papel de educador, de frente para os Tigres e os Mickeys, que desempenhavam, estes, o papel que lhe cabe a ele e aos outros meninos, sentados e alinhados. Muito engraçado.

Falando em Mickey, este que inicialmente era chamado de Mani, passou a Micki, para agora ser apelidado de Mika Maussss - tão fofo! Só ouvido :)

Resta dizer que os valores e princípios que pratica na creche são diariamente transmitidos e reforçados em casa. Porque a educação é em casa que começa. É aos pais que cabe o papel de educar. Educar com Amor! (ainda não acabei de ler o livro do Pediatra Mário Cordeiro, com este título).

A três é que é bom!



sexta-feira, 13 de março de 2015

Carnaval

Sim, eu sei. O Carnaval já passou há umas semanas. Mas por cá, em plena quaresma, ainda se festeja. 
No fim de semana será na nossa cidade. Ontem foi na creche do meu pequeno príncipe.

E não será difícil de adivinhar qual foi a indumentária escolhida para mascarar o meu piolhinho. De Tigger, claro está! Já tínhamos comprado a fardeta há uns tempos e, naturalmente, na altura vesti-o e ele adorou ver-se ao espelho, apreciar as belas riscas laranja e pretas. 

Ontem lá estava ele, vestidinho de tigre e com a cara pintada. Se já parece um felino vestido com as suas roupinhas do dia-a-dia, com aquele corpo riscado parecia-me um verdadeiro tigre à solta :)

Foi a primeira festinha em que o papá conseguiu estar presente, para grande alegria dos três. E com os pais presentes, não descolou muito de nós, pedindo colinho e mimo.
Só se soltou quando saímos todos para o jardim - e no jardim estão os popós! Atracou-se ao mais desengonçado e velho que por lá estava e oupa, toca a acelerar. É impressionante como não se farta. Fico cansada só de o ver.
Claro que fazia umas pequenas pausas, apenas para devorar os bolinhos que a cozinheira havia preparado para a ocasião. É um guloso!

Os dias apesar de frescotes, têm estado maravilhosamente bonitos, com um sol apetitoso a raiar no céu, de modo que passamos um bom momento no exterior, a confraternizar com os pais dos outros meninos e, essencialmente, com as educadoras que são impecáveis. 

De referir que o que mais me deixou feliz foi o facto do meu marido ter conseguido estar presente neste momento do nosso menino. Porque, como vocês já sabema três é que é bom!


sábado, 7 de março de 2015

Primeira bicicleta

O pequeno príncipe tem um especial fascínio pelos meios de transporte. Desde os carros, às motas, aos comboios, aos camiões, às máquinas e aos aviões... tudo lhe interessa e todos são entusiasticamente saudados.

O seu primeiro "carro", foi, naturalmente, o carrinho de passeio. Agora não conseguimos metê-lo lá dentro. Quer ir a pé ou de outra forma qualquer (ao colo...), mas não sentadinho na dita "poussette".

Pelo aniversário recebeu dois carrinhos de sentar em cima e arrastar com os pés - modelos para a primeira experiência. Adorou!
Depressa passou ao escalão superior e no Natal recebeu o Porsche, tendo em casa dos avós o Big (mesmo estilo mas mais adaptados à sua idade).

Entretanto já tínhamos comprado o triciclo Puky - que tem a função para o adulto empurrar - e com o qual tem tentado, ultimamente, andar sozinho. Arrasta os pés no chão porque não sabe dar aos pedais.

Chegados hoje a casa do avô, este lembrou-se de lhe falar da bicicleta que está guardada na cave e que é grande demais para ele. Não apenas falou na dita cuja, como a foi buscar, aliciando o pequenote e deixando-o todo interessado num veículo que não é para a sua idade. Pois bem, vendo o entusiasmo do neto, o avô meteu-se-lhe na cabeça que tinha que lhe comprar uma bicicleta. E não, não para daqui a dias. Para hoje!
Lá abalamos os três e regressamos com a Puky sem pedais que vos apresento na foto.
Ainda assim é grande. Mas o rebento está feliz da vida com a novidade. Agora tenho de comprar o capacete, as joelheiras, as cotoveleiras e sei lá mais o quê, para tentar preservar a integridade física do piolho. 

Resta acrescentar que o presente previsto para o segundo aniversário dançou... Sugestões? :)

Com a novidade vos deixo, desejando um excelente fds, e reiterando que: a três é que é bom!




sexta-feira, 6 de março de 2015

Registos

Estes dias têm sido complicados.
Já vos falei das birras - que continuam... uns dias mais, outros dias menos, mas persistem - e agradeço os vossos conselhos. Temos feito do nosso melhor para não dar em doidos com as palermices do rebento, para tentar ignorar e deixar que passe, para tolerar sem ter vontade de deitar no chão e chorar também...

Há algo de positivo no desenvolvimento da pequenada: é que tudo é passageiro. São sempre fases. Não quer dizer que vai melhorar, mas pelo menos vai mudar... E estou ansiosa pela fase seguinte, o que quer que seja que venha pelo caminho. Mas estes choros sem aviso, estas crises desesperadas, estas manhãs diabólicas (não quer levantar, não quer tirar o pijama, não quer vestir, não quer sair...) - basta! 

Anseio por essa fase seguinte, como anseio por dias amenos e saídas ao parque. Por sorrisos e bons dias pela manhã. Por gente feliz e equilibrada!

Ena! Que grande desabafo! :)

Devo esclarecer que este estado de espírito se deve muito mais a terceiros fatores do que ao meu piolhinho! Certo que as birras dele não me alegram o dia. Mas ele tem 20 meses... Os palhaços que me estragam a existência estão na casa dos 50 :/ 
E mais não digo!

Avancemos, portanto.
A ideia que tinha em mente, antes de começar a escrever e divagar por outras paragens, era partilhar com vocês - e deixar aqui registado, no nosso espacinho virtual - a música que o meu marido e eu elegemos como a "música da gravidez". A música que dedicámos ao nosso bebé, ainda a caminho... E que ouvíamos regularmente, imaginando como seriam as suas feições, se teria o cabelo do pai e os olhos da mãe (não, não tem! É ao contrário lol), se seria Teles ou Crescente :) 
Volta e meia ouvimo-la a três. Não creio que a música lhe traga reminiscências. A mim sim. Recordações duma gravidez plenamente desejada e alegremente vivida. Passa muito rápido, finalmente. :)

Partilho-a com vocês (Vá, nada de associar ao filme. Foi escrita para o meu filho! O filme apenas lhe deu visibilidade ahahaha). 

A três é que é bom!









domingo, 1 de março de 2015

Birras

Meio a sério, meio a brincar vos digo: 
Se a creche estivesse aberta ao fim-de-semana, o meu rebento teria uma permanência de 7/7 dias! Pelo menos de vez em quando...

Opá, estes miúdos de hoje (não que eu tenha qualquer experiência com os de antigamente, tirando com a minha própria pessoa... mas numa perspectiva um bocadinho diferente da da minha mãe, claro!) são endiabrados.

Para completar uma semana em que levamos 1h30 a chegar ao trabalho - quando 30/35 m são a regra - só porque alguns automobilistas não sabem conduzir com meio centimetro de neve; ter sido multada por passar numa rua reservada a residentes (inocente! Bem sei que a falha foi minha de não ver o sinal... mas, francamente, não sabia que estava a incumprir); ter recebido noticias inesperadas de queixas formuladas... só faltava mesmo o meu pequeno príncipe estar a passar por uma fase daquelas que toda a mãe teme: birras.

A toda a hora se lança no chão e arma um berreiro. Ou porque não quer comer a sopa (ou outra coisa qualquer), ou porque não quer mudar a fralda, ou porque não quer vestir o kispo, ou porque não quer calçar as sapatilhas, ou porque quer ir à rua, ou porque quer ver televisão, ou porque sim, ou porque não... ou não importa o porquê! Todos os argumentos são bons para fazer uma fita e levar a mãe ao desespero, quase à loucura.

Paciência está longe de ser o meu forte. E por mais de uma vez tive de parar, respirar e voltar a respirar, para não lhe dar uma palmada bem assente naquele rabo. 

Bem sei que a violência nada resolveria e também sei que não sou a única a passar por isto. Faz parte do crescimento dos pequenotes desafiar regras, testar limites e experimentar coisas novas. Mas quando se põe em risco com as tolices dele - como pôr-se de pé em cima do carro e subir/descer escadas - não há qualquer margem para a negociação. É "NÃOOOOOOO!" e ponto final.
Segue-se uma birra, com baba e ranho, segue-se a mamã a tentar explicar que não pode fazer isto/aquilo, segue-se a negação do filho (que só quer fazer à cabeça dele)... e perdem-se, no meio disto, minutos que podiam ter sido aproveitados com brincadeiras e sorrisos.

Não obstante o desabafo, e as dificuldades de gestão dos conflitos que às vezes se instalam, garantidamente que a três é que é bom!