quinta-feira, 19 de março de 2015

Reflexões

Faz hoje um ano que terminou a minha licença de maternidade ("congé parental"). Não voltei logo ao trabalho, porque tinha as férias de 2013 para gozar, mas não tarda muito e festejo o primeiro ano do meu filhote na creche.
Na altura estava muito apreensiva com a antevisão do futuro: deixar o meu menino entregue a desconhecidos, num lugar tão novo para mim como para ele, com regras e horários, com outros miúdos - nem sempre amiguinhos e prontos a transmitir vírus e viroses...
Custou-me muito.
Mas hoje, fazendo um balanço destes 11 meses em comunidade, não posso tirar outra conclusão que não seja: fez-lhe tão bem!
Os vírus e viroses tornaram-no mais forte e resistente. Teve de ficar alguns dias em casa. Tivemos noites mal dormidas. Passamos momentos pouco agradáveis. Certo. Mas não apanhou nada que não seja o normal nestas idades e com isso o seu organismo adquiriu imunidades.

Com os outros miúdos aprendeu a ter de partilhar. Às vezes lutar pelo que quer - chegando a casa arranhado e mordido. Aprendeu a esperar pela sua vez. Aprendeu que não é o único à face da terra e que, tal como ele, os outros meninos também acham que são a "prioridade". Partilham frustrações e descontentamentos, tão importantes para o crescimento quanto o afeto e o carinho.

As educadoras, com quem muito converso, não apenas para saber como se porta o pequeno príncipe, mas também para trocar experiências e pontos de vista, são simpáticas e profissionais. Tenho mais afinidade com as do grupo dos grandes (onde está o piolhinho desde janeiro) e desde que mudou de grupo que se nota que está mais ativo e desperto. 
Por exemplo, hoje, enquanto o amamentava, lembrou-se de colocar os peluches como plateia e começou a cantarolar uma musica, acompanhada de um esbracejar meio descoordenado, que, imagino, seja a coreografia que aprendeu na creche. Estava o rebento no papel de educador, de frente para os Tigres e os Mickeys, que desempenhavam, estes, o papel que lhe cabe a ele e aos outros meninos, sentados e alinhados. Muito engraçado.

Falando em Mickey, este que inicialmente era chamado de Mani, passou a Micki, para agora ser apelidado de Mika Maussss - tão fofo! Só ouvido :)

Resta dizer que os valores e princípios que pratica na creche são diariamente transmitidos e reforçados em casa. Porque a educação é em casa que começa. É aos pais que cabe o papel de educar. Educar com Amor! (ainda não acabei de ler o livro do Pediatra Mário Cordeiro, com este título).

A três é que é bom!



1 comentário:

  1. Como sempre assino por baixo tudo aquilo que escreves amor! sem duvida alguma que a creche o ajuda a evoluir e a ficar mais independente!

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