segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Natal

Como em quase todos os grandes acontecimentos, os dias que os antecedem são sempre muito mais intensos do que o dia "D".

E de igual forma, com bebés pequenos, o entusiasmo é enorme da parte dos adultos, e relativo da parte dos pequenotes.

Feita esta introdução, resta dizer que foi um Natal cansativo - com birras para comer, com guerras entre primos, com muito sono e pouca vontade de dormir - mas igualmente um Natal simpático, sobretudo porque esteve toda a família próxima reunida. 

E o Natal para mim é isso mesmo: é a altura do ano em que toda a família se senta à mesa e agradece por se terem uns aos outros, com os seus defeitos e feitios, mas unidos e solidários.

FELIZ NATAL!

PS: O Pai Natal passou cá por casa, enquanto todos dormíamos, e deixou  presentinhos para o pequeno príncipe. Além de dois livros muito giros, tínhamos debaixo do pinheirinho uma pista de comboios. Tão gira. Tchou tchou! Obrigada Pai Natal.





segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Sozinhos em casa

Longe vai o tempo em que a mãe ficava em casa a tomar conta dos filhos enquanto o marido se fazia à vida e partia por esse mundo afora, para ganhar os tostões para o sustento da família.

Hoje em dia fica o papá em casa e a mamã é que vem trabalhar! Que mundo este! :)

Esta foi uma pequena introdução parva para aquilo que vos venho contar hoje - parva porque, primeiro, eu estou muito feliz pela emancipação da mulher, que, como ser humano multifacetado que é, é perfeitamente capaz de tomar conta dos filhos, da casa, do marido, do cão e ainda ter um trabalho. E, no meu caso concreto, ainda que muitas vezes me queixe do pouco tempo que tenho para me dedicar a cada uma dessas tarefas, sobretudo ao meu filho (menos ao cão, que ainda não tenho!), a verdade é que não saberia ser "apenas" dona de casa. 
E segundo, o marido está em casa neste momento porque está no gozo das suas merecidas e bem-vindas férias!

Dito isto, estou eu no meu local de trabalho, mas tenho a cabeça noutro lugar, concentrada nos meus dois homens e pergunto-me o que estarão eles a fazer. A ter um programa mesmo fixe de gajos, com direito a futebol e a cervejola?  A ver gajas nuas no pc? Ou estará o pequenito a desarrumar a casa toda, a espalhar os brinquedos todos pelo chão e o papá, feito fada do lar, a cozinhar para ele e a arrumar a bagunça? Tenho para mim que esta última hipótese será a mais próxima da realidade - pelo menos no que respeita a parte em que o pai arruma... :)

Qualquer que seja o programinha deles, espero que se estejam a divertir e a aproveitar muito este tempinho os dois sozinhos. Sim, que a três é muito bom, mas também sabe bem passar momentinhos a sós com o pequeno príncipe, e ter os miminhos todos só para nós. Portanto papá, aperta-o muito e saca-lhe muitos daqueles beijinhos gostosos que ele dá como ninguém. Hum! Tão bons!

E já só falta um dia para as minhas mini-férias! A partir de quarta-feira voltamos à velha máxima: a três é que é bom! 



domingo, 21 de dezembro de 2014

Bolachas de Natal

Já estava nos meus planos confecionar bolachinhas de Natal, não apenas porque gosto mas, este ano, principalmente para solicitar a ajuda do meu pequeno príncipe, dando-lhe a oportunidade de pôr as mãos na massa e participar ativamente nas preparações para esta quadra.

Quando ontem acordou a chamar pelo Pai Natal, Pai Natal... não tive dúvidas de que o momento havia chegado :)
Tomamos o pequeno almoço - a três mas sem panquecas :) - e encetamos esse enorme desafio de realizar bolachinhas natalícias.

A mamã preparou a massa e esticou-a com o rolo sobre a mesa/bancada. O rebentinho, com a colaboração do papá, cortou-a com os moldes do pinheirinho, boneco de neve, estrela, prendinha, rena e, claro está, do Pai Natal (quase nem se percebe que é o barbudo... tenho de arranjar um molde mais giro). A mamã dispôs as bolachinhas nos tabuleiros, levou-os ao forno e, uns minutos depois, estavam prontinhas a comer - depois de arrefecer um pouquinho, para não queimar a língua :)

A receita identifica-as como bolachas de Natal*, mas eu diria que é apenas pelas formas, porque no sabor são bolachas perfeitamente adaptáveis a qualquer altura do ano. São bolachas simples, mas realmente muito saborosas. Experimentem. Aqui em casa estão aprovadíssimas!

Bolachas de Natal, feitas com todo o amor, e com a ajuda do meu pequenino, são a prova real do que vos venho dizendo: a três é que é bom!



* http://www.saborintenso.com/f23/bolachas-natal-11966/

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Panquecas

Decidi dar tréguas à sopa e não tornar a hora das refeições um inferno.

Tenho feito pratos principais com mais legumes do que é hábito, e, umas vezes melhor, outras vezes menos bem, o pequeno príncipe lá tem comido.

Ontem, domingo e dia de pequeno almoço a três, decidi repetir a ementa do fim de semana anterior e fiz panquecas.
O meu rebentinho adora!

Faço a receita do Chef Henrique Sá Pessoa - Ingrediente Secreto, substituindo o café por um descafeinado (penso que não fará tão mal ao piolho). 

Hummmm! São deliciosas. E para a gulodice ser ainda maior, troquei as frutas por Nutella. 
Um dia não são dias, e domingo é domingo. Um viva às panquecas :) O rebento e a mamã deliciaram-se! 

Resta dizer que o papá - ao que vim a apurar mais tarde - estava com a ideia na regueifa e ficou desconsolado o dia todo :D Culpa dele, que, ao contrário do pequenito, sabe falar e dizer o que lhe apetece. 

O pequeno almoço é a minha refeição predileta. Nos dias em que podemos desfrutar juntos, ainda melhor. A 3 é que é bom! :)


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Declaração de independência

O meu pequeno príncipe começou, de há uns tempos a esta parte, a recusar comer a sopa (e não só) e a abrir a boca só para aquilo que lhe interessa e quando muito bem lhe apetece.

Ele, que sempre comeu bem (tirando o período das férias em Portugal, em que, durante a estadia em casa dos avós, fez fitas semelhantes às atuais), está a deixar-me os nervos em franja.

Começamos, o meu marido e eu, por fazer o papel do palhaço, tentando distraí-lo com números idiotas e cantorias (mesmo eu sabendo que não se deve associar a comida a números teatrais nem compensar pelo bom comportamento à mesa), e enfiar-lhe a comida boca abaixo (não à força, mas, digamos, à falsa fé). Foi resultando. Uns dias melhores, outros menos bons, mas lá comia a sopinha e depois o segundo prato.

Quando começou a falhar o esquema, e as palhaçadas já não surtiam efeito, decidimos que deveríamos dar o exemplo e toda a gente lá em casa passou a comer sopa. Foi sol de pouca dura. Já não resulta. O pai come a sopa, a mãe tenta incentivar o fedelho a comer a dele, mas a hora do jantar torna-se um cenário de guerra, com sopa espalhada pelos quatro cantos, a roupa encharcada e estômago do piolho vazio.

Tendo procurado alguma ajuda/orientação sobre o assunto, li que, além de ser perfeitamente normal os miúdos atravessarem estas fases ao longo da infância, aos 18 meses (está quase lá), está intimamente associada a negação da comida ao teste dos limites que os pirralhos fazem aos pais e à declaração de independência. Declaração de independência?! Mas que conversa é esta... Se assim é, que agarre as trouxas e que vá trabalhar :P

Agora a sério, não há nada mais desesperante do que um bebé/ uma criança que recusa comer.
Bem sei que não vai morrer à fome, mas não está no saber dele decidir o que quer ou o que não quer comer. E quando. Tem de respeitar algumas regras, e a alimentação é sagrada.

Está, claramente, a deixar-me desesperada! Preparei-lhe pratos principais com legumes - para evitar a sopa - e mandou-mos comer a mim...
E não é só em casa que faz fitas. Na creche também só come o que lhe apetece, estando longe dos dias em que era um encanto vê-lo comer. 

O que é que eu faço? Sento-me e espero que isto lhe passe? Não está fácil... :(

A três é que é bom, mas bom mesmo é quando o terceiro elemento tem a barriguinha cheia! 

Foto: internet

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

As prendas do Kleeschen

Como já vos tinha contado anteriormente, no Luxemburgo os meninos que se portam bem são presenteados duplamente nesta quadra.
Os primeiros presentes são entregues pelo São Nicolau - Kleeschen - na noite de 5 para 6 de dezembro. E, a correr bem, recebem a visita do Pai Natal de 24 para 25.

Portanto, de sexta para sábado o Kleeschen fez a sua visitinha anual na casa dos meninos bem comportados, tendo deixado algumas lembrancinhas espalhadas aqui e ali, para beneficiar aqueles que comem a sopinha toda, que não batem nem nos pais nem nos amiguinhos e que vão cedinho para a cama :)

Sábado de manhã o meu pequeno príncipe ficou muito surpreso ao encontrar debaixo do pinheirinho um embrulho. Presumiu, e bem, que se trataria de algo para si, e, sem cerimónias, agachou-se, apanhou-o e arrancou o papel. Descobriu um tapete de desenho, no qual, com canetas e selos, pode colorir à descrição. Foi uma bela escolha do São Nicolau, pois, funcionando a água, salva o resto da casa de pinturas indesejadas :)

O Kleeschen, como tem muitas casas para visitar, às vezes fica meio baralhado... E por isso, deixou prendas para o rebento em casa dos padrinhos e em casa dos avós! 

Na casa dos padrinhos deixou uma enorme caixa de legos, com os quais o piolho poderá construir uma linda quinta, com animais e tudo :) Tão gira!

Em casa dos avós, o São Nicolau deixou o melhor presente de todos - Um POPÓ! E não é um popó qualquer. Um Porsche vermelho :)

Bom, esta parte de ser um Porsche ou ser um Citroën, para o meu rebentinho pouco importa. Mas ser um popó grande, para ele sentar em cima, e partir à descoberta do mundo, isso sim, faz toda a diferença! 
Adorou o carro. Sentou-se em cima, mesmo sem ter o volante colocado, e para o tirar de lá só à base da "pancada" (à força). Até para mudar o xixi, só com o popó ao lado (coisas do avô, que faz tudo o que o menino quer) e não acabou com o carro na cama porque assim não calhou.

Acordou a falar no bendito carro, e antes de partirmos para a creche, ainda deu duas voltinhas "ao quarteirão". Tive de o arrancar do volante e abalar escada abaixo :)

Ahhhh Kleeschen acertaste em cheio na prendinha do meu menino! :)

Excecionalmente vos direi que : A quatro é que é bom! - Nós e o Porsche ;)





terça-feira, 2 de dezembro de 2014

O nosso pinheirinho

Como previsto, no sábado fomos comprar a nossa árvore de Natal - optámos, desde o ano passado, por comprar uma árvore verdadeira. Bem sei que para o ambiente não será o mais benéfico, mas aquelas chinesices também não me parecem lá muito ecológicas... Quando era pequena, ia eu mesmo ao monte e devastava o pinheiro mais farfalhudo, enchia um saco de musgo (cheio de formigas) e levava tudo para casa... Tão bom! :)

Mas voltando. 
Chegado o marido a casa, saímos os três em busca da árvore perfeita. Eu com o pequeno príncipe ao colo, o pai a rebuscar no meio dos pinheiros, só nos safamos porque os vendedores, vendo-nos um tanto perdidos, ofereceram-se para nos ajudar na busca da "tal". Foi a senhora (óbvio...), que, tendo percebido o tipo de árvore que eu queria, a desencantou do meio de tantas outras. 

Enfiámos a árvore no carro - o pequenote a barafustar com aquela coisa ali, a roçar-lhe quase as bochechas - e abalámos para casa, ansiosos por a decorar.

E claro está, chegados ao destino foi tempo de montar o pinheiro e enchê-lo de amor! 
O filhote, sempre disponível para ajudar - outras vezes a estorvar :) - deliciou-se com todo aquele aparato de luzes para cá, bolas para lá, pais Natal, bonecos de neve, estrelas... No meio do entusiasmo e da incapacidade para pendurar as bolinhas, partiu 3 :) Mas não foi por causa disso que o pinheirinho ficou menos bonito. Ao contrário. Está repleto de ternura e de carinho. 

E, contrariamente ao que eu temia, o rebentinho tem resistido à tentação de lhe tocar, não tendo arrancado a decoração nem atirado tudo ao ladrilho :) Olha demoradamente para o pinheiro, sorri, dá meia volta e vai à vidinha dele :)

Se no resto do ano já é assim, então no Natal é que a três é que é bom!