quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Good job ;)

Todos sabemos que os bebés não nascem com manual de instruções, para grande desespero de nós pais, principalmente os de primeira viagem.

Procuramos, sempre na melhor das intenções, incutir às nossas pequenas criaturas os valores e princípios, que, somos em crer, melhor os prepararão para o mundo "lá fora". 

Quantas vezes ( e ainda bem!) não nos tornamos nós próprios melhores pessoas só para sermos um bom exemplo a seguir: mais humanos, mais educados, mais simpáticos, menos críticos, menos irresponsáveis, menos idiotas, vá.

Mas, e apesar dos esforços, sempre temos dúvidas se os nossos pequenotes estão realmente a absorver os ensinamentos que procuramos transmitir e a construir-se como seres humanos empáticos, solidários, responsáveis, amigos, confiáveis... Como pessoas de valor.

Quando a professora do meu pequeno príncipe (que é a mesma do ano passado e, portanto, o conhece bem) me disse que queria dar-me uma palavrinha, quando o fui buscar no final da escola, passaram-me vários cenários pela cabeça. Será que se anda a portar mal nas aulas? Com os colegas? Será que está a embirrar com a língua? Será que está com dificuldades de aprendizagem? Em nenhum momento assumi que a professora quereria, "apenas", elogiar o meu rebento. Mas foi precisamente o que aconteceu. Fez questão de me dizer que está muito contente com ele, que está super motivado e sempre a querer fazer/aprender mais e mais e concluiu com estas palavras: "você tem um filho espetacular. Parabéns!" 

De certa forma é lamentável que precisemos do reconhecimento alheio para validar o nosso "trabalho"- bastar-me-ia observar o seu comportamento, ouvir as suas conversas, seguir os seus raciocínios para perceber que "está tudo lá". É, realmente, um miúdo fantástico. E parte disso é culpa minha. Que bom! 

Bem sei que este é um caminho para toda a vida e que o mais difícil ainda está por vir. Mas, e nisto temos de acreditar, quando os alicerces estão bem feitos, pode vir uma enorme tempestade que a casa não cai.

A três é que é bom!