Eu gosto de escrever.
Nem sempre aprecio o que escrevo. Não tanto pelo conteúdo
(porque não conto mentiras), mas pela forma, pela abordagem, pelo excesso de
detalhes ou pela falta deles. Não obstante escrevo.
E escrever desanuvia-me.
Portanto, a ideia de criar um blog sobre a vida a três
nasceu não apenas porque tenho uma memória seletiva (e no blog fica gravado
para a posteridade) mas também pelo prazer pessoal de narrar histórias.
Está bem claro que não tenho um ranking de visualizações e
que não criei esta página para ganhar dinheiro – não há nem haverá publicidade associada!
Não obstante, gostava de ter mais retornos. E ontem
queixava-me ao meu marido precisamente disso – disse-lhe que gostaria de saber
se há quem me leia e o que acham (tata, eu sei que tu lês!).
Neste ponto, respondeu-me com a altivez e a suma convicção de que tal deveria ser-me suficiente: eu leio!
Uau! A sério? E quê? Devo ser-te grata e reconhecida porque tu lês um blog que
fala sobre a nossa família? Mau seria que não lesses, digo eu com os nervos.
Achei extremamente presunçoso e arrogante.
É seu hábito achar que desvalorizo a sua opinião só porque
quero saber a dos demais. Mas está enganado. Não desvalorizo. Mas relativizo.
Como parte interessada e conhecedora dos factos, não tem uma opinião isenta.
É perfeitamente legítimo querer ocupar os lugares de topo na
vida dos que nos são queridos, mas assumir que se é suficiente, é excessivo.
Menos, menos.
Como prometido, esta entrada é mesmo só para ti, marido
querido.
A propósito: agora percebo a quem sai o meu pequeno príncipe
quando se acha o Cristiano Ronaldo lá da escola. Deve ter passado nos genes.
A três é que é bom!
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