Se é verdade que sair da rotina faz bem a toda a gente – para desanuviar, espraiar, quebrar as regras (um bocadinho) – em tempos de escola é fundamental manter uma rotina bem equilibrada, definindo com clareza os diferentes momentos do dia.
Não é permitido saltar refeições. Não é possível ir para a
cama tarde. É impensável não fazer – corretamente! – os trabalhos de casa.
Neste regresso à escola, estamos, ainda, a tentar encontrar
o meio termo entre o trabalho e o lazer.
Mas os trabalhos já estão a dar que
falar...
Nos anos precedentes o meu pequenote trazia várias
vezes deveres para fazer em casa. No entanto, além de não serem muitas, as
tarefas estavam sempre devidamente identificadas. Era tudo muito claro e
objetivo, escrito no journal de classe.
Por causa deste hábito, não me surpreendeu que na segunda-feira
me dissesse que não tinha TPC. Como o professor não indicou nenhuma atividade
nem mandou escrever no jornal diário, é porque não havia.
Ciente de que nem tudo é preto e branco e que muito se escreve
nos cinzentos – e até porque, contrariamente aos primeiros dias, trouxe
material na mochila – debrucei-me sobre as suas coisinhas e lá encontrei o
plano semanal. Este indica as atividades a desenvolver durante toda a semana,
sem distinguir onde, quando e como. Contudo, um dos exercícios de matemática dizia
que era para fazer diariamente e um de francês indicava que seria para recortar
para terça-feira (ou seja: para o dia seguinte) – entre outros, identificando diferentes
dias da semana.
Foi-me difícil convencer o rebento de
que aqueles eram trabalhos para fazer em casa – só tendo acedido quando lhe
disse: “se o professor ralhar contigo porque fizeste, diz-lhe que eu te
obriguei.” Descartadas as responsabilidades da suposta desobediência, mas ainda assim contrariado, lá os fez.
Resultado: foi dos poucos miúdos que fez os trabalhos. E do
professor levaram uma descascadela, dizendo-lhes que já não são nenhuns meninos
pequenos a quem é preciso explicar tudo.
Ora bem, aqui que meu filho não me ouve, será que custava
muito alertar os alunos para novas regras? Assinalar que há atividades que têm
de preparar em casa? Não acredito que o tenha feito, pois caso contrário não
seriam vários os que não fizeram os trabalhos (sim, ainda me ocorreu que meu
pequenote estivesse distraído e não ouvisse…).
Presumo que esta ansiedade seja relativamente comum em cada recomeço. Mas confesso que a minha apreensão em relação ao novo professor não está para se dissipar…
Uma coisa é certa! Dê para onde der, vai sempre esbarrar comigo, porque eu não abro mão. O meu filho é extraordinário e não
vou permitir que se perca.
A três é que é bom!
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