Os nossos fins de semana estão longe de ser prazenteiros, de papo para o ar ou alapados no sofá, a desfrutar de momentos de ócio e relaxe. Não. Não são nada disso. São, até, bastantes vezes o contrário. São preenchidos de afazeres e atividades, que se não forem bem planeados, geram stress e caos.
Cada um de nós – os pais – tem definido o seu plano de
trabalho, e esforçamo-nos por o cumprir. Que remédio…
Mas aparecem sempre aquelas outras tarefazinhas que não são
habituais mas que precisam de ser feitas.
E o Outono (estação do ano que eu odeio – nunca vos disse,
pois não?! 😝 )
é perito em acrescentar empreitadas extra na vida das pessoas. Falo da queda
das folhas, naturalmente.
O nosso jardim é agraciado pelas folhas do nosso plátano (ou
lá o que é aquilo) e por folhas das árvores da vizinhança, sobretudo da nogueira que pende
metade para o nosso lado (e que este ano quase nem deu nozes, mas folhas não
lhe faltam).
Já não me recordo das circunstâncias em que ouvi
pela primeira vez esta máxima, mas que é certeira, lá isso é: onde toda a gente
ajuda, nada custa.
E foi nessa premissa da colaboração e repartição de tarefas que deleguei no
meu pequeno príncipe a colheita das folhas mortas do jardim. Para lhe dar a oportunidade de se fazer/sentir
útil.
Não ficou entusiasmado com a missão. Protestou e tentou
furtar-se à responsabilidade. Mas não teve outra opção que não fosse pegar no
ancinho e acumular as folhas num montículo.
Fui observá-lo da janela. Com o Mickey a saltitar à sua
volta e a espalhar as folhas empilhadas, vi o esmero e dedicação com que deitou
mãos à empreitada. No final felicitei-o pelo trabalho, tendo-lhe agradecido por
nos ajudar.
Mais do que o empreendimento em si, é o princípio. Perceber que as
coisas não caem do céu e que sem esforço nada chega. Não só na escola mas em
tudo na vida.
Isto já foi na semana passada.
Esta semana voltei a delegar-lhe a recolha das folhas mortas
mas, com o apoio do pai, alegou que relva estava muito molhada e tempo muito
frio. Fiteiro. Quem foi que as apanhou, quem foi?
A três é que é bom!
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