Nem sempre fui assim.
Tempos houve em que ia com alguma regularidade à natação e cheguei a fazer aulas de hidroginástica – as últimas
durante a gravidez [estas foram sessões que me deram um prazer descomunal. Uma
das monitoras parecia um sargento da tropa, a puxar pela terceira idade que constituía
o meu grupo. Na minha plenitude de mulher com o rei na barriga, fazia o que me
apetecia, exibindo com orgulho um ventre avantajado].
Contudo, desde que tenho o meu pequenote – e que afazeres é
o que não me falta – todas as desculpas são boas para me furtar a uma ida à
piscina.
Porém, e quem tem filhos sabe disso, a persistência deles é
à prova de bala. Chega sempre o momento em que temos de ceder. Se não para dar
o exemplo – e mostrar que os pais também fazem coisas que não gostam – ao menos
para lhes fazer prazer.
Conclusão: ontem foi dia de dar um mergulho!
Na verdade, o nosso filho tinha um argumento muito válido para
nos querer levar à piscina: é que depois de o termos demovido do futebol,
conseguimos convencê-lo das virtudes da natação (que frequenta desde meados de
setembro) e ele queria muito mostrar-nos o que já sabe fazer.
Como as aulas são aos domingos de manhã – para não quebrar o
ritmo de levantar cedinho todos os dias 😝– combinamos que faríamos uma hora de
natação os 3, logo a seguir.
Indiscritível a alegria e boa disposição do meu menino, todo
contente de nos ter ali consigo e empenhado em demonstrar os seus progressos –
que são evidentes! A última vez que o tinha visto numa piscina a tentar fazer
alguma coisa que se assemelhasse com nadar, fora no verão. A sua evolução foi
enorme! Precisa trabalhar a respiração mas já se desenrasca bastante bem.
Mostrou-nos como sabe nadar de bruços, de costas, de crawl e
até fazer de tubarão. Esta foi uma invenção sua: nada com as mãos unidas nas
costas, fazendo realmente lembrar a barbatana desses “monstros” dos mares,
devoradores de tudo o que mexe.
Sei que não será uma atividade a repetir com a frequência
que o filhote gostaria – requer demasiada
logística – mas vamos tentar ser mais assíduos. Porque o seu sorriso
rasgado é sem preço.
A três é que é bom!
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