Quem nos conhece nem desconfia qual é esse outro gene que passou de mãe para filho. Não desconfia porque sabe! É que, em certas coisas, somos duas gotinhas de água. Iguais.
Posto isto, cá vai a segunda característica genética a que
fiz alusão no meu post anterior: o meu pequeno príncipe, tal como a sua mamã
querida, gosta de cantar. (Sim, isto também são heranças da avó materna).
Se esta entrada se resumisse a isto, estava tudo ok. O
problema é que o meu pequerrucho acha que canta bem (ok, é verdade!) e, não
contente de cantarolar pela casa fora e no coro, anda a moer-me o juízo com a
ideia de participar no The Voice Kids.
A culpa disto tudo é dos avós. Foram eles que lhe mostraram
o formato do programa para adultos e que lhe disseram que existe um para crianças.
Eu sou a primeira pessoa a dizer que ele canta bem, mas daí
a… vai alguma distância. Tem uma voz doce, de menino de 8 anos. Afinada. Mas a
ideia de o expor a criticas e em competição com vozeirões, não me passa pela
cabeça.
Pensei que estava a chutar o assunto para canto dizendo-lhe: “a pessoa indicada
para te aconselhar nesse assunto, é a tua professora de canto”. Sugeri
consultasse a professora do grupo coral porque não me senti capaz de lhe matar
um sonho à nascença. Expliquei-lhe que poderíamos coloca-lo em aulas
particulares de canto caso a profissional achasse que ele tinha potencial
(acreditando, secretamente, que a professora o desencantaria e que ele acabaria
por tirar daí o sentido).
Fiquei surpresa quando voltou a casa depois do ensaio e me
contou a conversa que teve com a docente. Embora lhe tenha dito que as aulas
individuais na escola de musica são só para miúdos a partir dos 14 anos e que
não tinha tempo para lhe dar aulas privadas, disse-lhe que sim, que ele tinha
capacidades para participar.
Acredito tenha sido uma resposta sincera.
Mas não me ajudou.
É que agora não me fala de outra coisa.
E eu não estou a conseguir descalçar esta bota.
Mentalmente na minha cabeça decidi: cada coisa a seu tempo.
Um dia de cada vez.
Se surgir alguma oportunidade de participar num concurso de canto, logo se vê.
Se o sonho da mãe de ser cantora se vai realizar na pessoa do filho, só o
futuro dirá!
Enquanto isso, continuamos a ter concertos hilariantes todos os dias. É que cantar numa língua que se desconhece, e ainda por cima sem a letra para acompanhar, não é para qualquer um. Só os verdadeiros artistas e, mais que isso, destemidos aventureiros.
A três é que é bom!
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