Comecemos por fazer a distinção entre estereótipo e preconceito.
No primeiro, o principio é o da categorização das pessoas por grupos, assumindo
que determinados indivíduos são iguais só porque possuem algumas características
semelhantes.
O preconceito implica não apenas uma categorização, mas, mais do que isso, um
pré-juízo discriminatório sobre um determinado grupo. Tem, contrariamente ao
estereótipo, uma conotação negativa e de desagregação.
Na verdade, o preconceito vem, muitas vezes, do medo do
desconhecido. E eu não fujo à regra. Sou preconceituosa em relação a determinadas
pessoas, assumindo, sem qualquer prova, que A ou B não se coaduna com os meus princípios
e valores só porque é de origem X ou Y.
Estou errada. Sei disso. E quando me apercebo das
barbaridades que digo e penso, recrimino-me e procuro focar-me nas pessoas. Mas
reconheço que não é fácil.
E isto vem a propósito de quê? - perguntam-se vocês. Vem no
seguimento duma reação espontânea (e nada maldosa) duma querida amiga quando
lhe disse que o meu pequeno príncipe anda no grupo coral da escola de música: “O
Matias é menino de coro?”
Este é, claramente, um estereótipo que muitos temos.
Imaginamos, nas nossas cabeças, que os meninos que andam no coro são uns
santinhos, de óculos e roupas impecavelmente limpas.
Olhem que não!
O meu filho (como muitos dos meninos e meninas que fazem
parte do grupo) não se enquadra nada neste estereótipo, mas canta lindamente.
Tem uma voz doce e afinada e um gosto tremendo em cantar. Foi uma aposta acertada
propor-lhe fazer parte do coro. Aceitou e diverte-se imenso.
Tenho a certeza que se soubesse que o grupo coral é conotado
como um ajuntamento de totós não gostaria de fazer parte. E teria sido uma
perda tremenda. Para si e para o grupo.
Foquemo-nos no que é realmente importante e deixemos de
colocar etiquetas nas pessoas.
É importantíssimo educar os nossos filhos para a diversidade
e a aceitação, na certeza que também eles são diferentes dos demais. Todos
diferentes. Todos iguais.
Deixo-vos com uma foto do meu pequenito, todo aparaltado para
a sua segunda atuação com a “Chorale”. Foi de arrepiar.
A três é que é bom!
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.