terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Das agruras da vida

Independentemente desta ter sido uma conclusão de génio que fez avançar o mundo, tenho para mim que não era preciso ter uma cabeça excecional para descobrir que as nossas ações desencadeiam consequências. Boas ações, boas consequências. E o contrário também se aplica.

E na manhã de ontem, foi dia de ver esta sentença a acontecer…

Como já tinha partilhado, o meu pequeno príncipe tem sido rei na sua determinação em fazer o que lhe apetece e como lhe apetece. Mesmo tendo recebido alertas de que poderia vir a colher tempestades, decidiu semear ventos.

Conclusão: não foi com espanto que descobriu que o Saint Nicolas não lhe trouxe o lego que lhe tinha pedido. Disse-me que não ficou triste por ter recebido um livro (um livro personalizado – A magia do meu nome Matias, com mensagem do Saint Nicolas) porque recebeu alguma coisa, e que isso era o fundamental. Relembrou que temia receber um pau, pelo que ter um presente debaixo do pinheiro fora uma boa surpresa.

Apesar das suas palavras, partiu-me o coração ver a tristeza e desilusão estampadas no seu rosto. E, podem acreditar, não lhe custou mais a ele do que a mim.

Nestes últimos dias, por mais de uma vez tive de resistir (e obrigar o papa a resistir também) à tentação de lhe comprar uma prenda que correspondesse um pouquinho às suas expectativas e o deixasse feliz.

Mas o nosso papel de pais obrigou-nos a mostrar-lhe que os seus atos trazem consequências. Se o Saint Nicolas premeia os meninos que se portam bem, não pode trazer presentes para as crianças que não sabem ter tento na língua e respeitar as regras.

Devo confessar que a dada altura tinha planeado dar-lhe o castigo máximo e deixar um pau na árvore… Mas, além do pai não concordar – e a educação de um filho é a dois que se conjuga – temi que o choque fosse demasiado e lhe criasse revolta.
E também sei que seria demasiado.
Por mais mal que se comporte, está muito longe de ser um bandalho.

O meu filhote é um menino cheio de vida e que tem sempre muita coisa para dizer. A boca é muitas vezes mais rápida do que o pensamento, e, tal como o peixe, acaba por ser a sua perdição.

Espero, sinceramente, retire a lição do que sucedeu este ano e possa desfrutar plenamente dos barbudos desta quadra nos anos vindouros… até que a magia desvaneça.

Bom… Se puxar à mãe, terá 90 anos e continuará a ver trenós no céu…

Amo-te meu Amor.

A três é que é bom!



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