sábado, 9 de abril de 2016

Sensação estranha

Já em tempos tinhamos deixado o pequeno príncipe em casa dos avós e saímos para jantar com amigos. Dessa vez voltamos para casa dos meus pais, onde pernoitamos no sofá, enquanto o rebento, que adormecera com o avô, continuou na cama deste, tendo acordado contente da vida e sem querer saber dos progenitores. 

No passado sábado, decidimos esticar a experiência e, portanto, depois do jantareco a dois, fomos tomar cafézinho e seguimos caminho para nossa casa, deixando o nosso filhote nos avós.

Enquanto fora, não caímos na tentação de só falar do menino, de como estaria, se iria correr tudo bem... bla, bla, bla. Conseguimos resistir e aproveitar um momento a dois, que não acontecia há anos. Literalmente há anos! Só ligamos uma vez, para saber se já dormia.

Contudo, chegados a nossa casa, abateu-se sobre mim um vazio tão grande e uma saudade tão imensa - ao dar-me conta do silêncio, ver os brinquedos todos arrumadinhos, a cama dele vazia... -, que, não fosse por saber que iria magoar os meus pais (que ficariam a pensar que não confiava neles) teria abalado para o sofá da casa destes.

Sei que tanto o neto como os avós gostaram muito desta noite especial, mas eu dormi pior do que em todas as noites em que o príncipe acorda a chamar por mim, com um aperto no peito e uma má consciência na cabeça. 
Não, não digo que não voltará a acontecer. Sei que sim. Mas garanto que está longe de ser libertador. Pelo contrário.

Confirma-se: A três é que é bom!





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