Durante anos fui a segunda favorita.
O meu irmão era o menino querido do papá, e, ainda que o meu pai o negasse, todos sabíamos que assim era.
Por ser rapaz, dizem uns, por ser o mais novo, dirão outros... Por afinidade, talvez. Pouco importa. Não me impediu de crescer equilibrada, nem tão pouco de saber - na minha condição de segunda - que o meu pai gostava de mim.
Hoje a pirâmide das predileções mudou.
O sexo continua a determinar as preferências. E no topo da tabela está o meu rebento.
O meu pai é louco pelo neto. E o neto é doido pelo avô. É um amor partilhado e desmesurado. Juntos comportam-se como duas crianças. O avô acede a todos os caprichos. O príncipe não se inibe e usa e abusa dessa paciência e complacência.
Mas é para isso que os avós existem, certo?
Ontem foi dia de aniversário do avô. Parabéns pai. E obrigada por gostares tanto do meu filho.
A três é que é bom!
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