quinta-feira, 14 de julho de 2022

Do bandolim


Tive de recorrer ao suporte de papel para me localizar no tempo e, com rabiscos acima e abaixo, conseguir descortinar há quantos anos é que o meu pequeno príncipe anda a aprender música. Bem feitas as contas, constatei que já acumulou uns anitos de experiência musical.

Tudo começou em 2018, com o “éveil musical” (despertar para a música)  tendo, no ano letivo seguinte, complementado a formação musical com a aprendizagem de um instrumento.
Tal como vos contei em janeiro de 2020, o destino colocou-lhe o bandolim na frente. Felizmente, diria eu. Pois não vejo que outra pessoa além da professora de bandolim teria paciência para ensinar um mandrião desta estirpe. Diz de boca cheia que gosta de tocar bandolim, mas quando lhe dizemos para treinar, nunca é o momento certo. Posto isto, há 3 anos que toca 30 minutos por semana, fora férias escolares em que não pratica nada.

Partindo eu do princípio que nada chega sem esforço (o qual o meu pequerrucho não faz), não foi sem espanto que no passado sábado o ouvi tocar tão afinadinho e quase sem falhas, na audição pública organizada pela docente.

De regresso à sala de 2020 – após um interregno de vida por causa da pandemia – pude constatar com os meus próprios olhos (e ouvidos) que o meu pequenote fez uma progressão enorme.

Acompanhado ao piano pela professora, encheu a sala de musicalidade.
A primeira música, com acordes harmoniosos e a puxar para a melancolia, seria a banda sonora perfeita para uma despedida, com laivos de esperança no final. Linda. (Deixo-vos um excerto infra - que sistema não me permite carregar o video completo, que fará dois).
A segunda música transportou-me, não sei porquê, para a Irlanda e para os seus acordes festivos. É alegre e de celebração. Muito bonita também.

Foi uma atuação conseguida, que me encheu de orgulho.

É claro, como não poderia deixar de ser, que lhe dei os parabéns pela magnífica prestação, mas frisando que, se calhar com um pouquinho de treino extra, as pequeninas falhas seriam dissipadas.

Estes conselhos entram-lhe por um ouvido e saem pelo outro.

A música, pelo contrário, entra-lhe pelos ouvidos, percorre-lhe o corpo todo e alojasse-lhe na alma. Genes. Está nos genes 😅😁😊

A três é que é bom!


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