Como mãe de filho único, não tenho experiência nem termo de comparação para saber distinguir o trigo do joio. Quero com isto dizer que, sem desvalorizar as capacidades e inteligência do meu pequenote, não sei até que ponto se destaca ou se assemelha aos demais.
Quando ele era mais pequenino, eu,
além de partilhar com as mães à minha volta, procurava muita informação em
blogs e sites de parentalidade para tentar descortinar se o pequerrucho estava
a desenvolver-se conforme o esperado. As consultas à pediatra confirmavam que
estava a crescer e as leituras e conversas com outras mães e com as educadoras
da creche tranquilizavam-me quanto ao resto.
Cada etapa do seu crescimento
correspondeu perfeitamente às expectativas, sendo um bebé e uma criança muito
perspicaz e intuitivo, de raciocínio e compreensão rápidos.
Hoje, com 9 anos de idade, já não
há “manuais” que me possam guiar nesta minha árdua tarefa que é ser mamã. Restam-me
as conversas/troca de experiências com outras mães e, em certa medida, a perceção
dos profissionais à sua volta – que, no caso concreto, se resume ao professor.
Os educadores e afins da estrutura de acolhimento são tão incompetentes que me
dispenso de lhes pedir opinião.
Na reunião de fim de ano escolar
debatemos o facto de o meu filho ser muito casmurro e procurar incessantemente
levar a sua adiante – mesmo sabendo que não lhe adianta de nada ser teimoso. O
professor explicava-me que nesta idade os miúdos estão a formar a sua
personalidade e que o fazem, muitas vezes, pela via da provocação. Ou seja: é
uma característica mais ou menos comum e transversal à sua geração.
Pois não sei. Imagino que tenha
razão. E que estas guerras (a meu ver desnecessárias) que travamos quase diariamente
sejam o caminho que o meu príncipe terá de trilhar para chegar à etapa
seguinte.
O que sei é que não vou desistir
de lhe incutir os bons valores e zelar para que se torne um ser humano de
coração gigante e alma limpa.
Nem tão pouco vou desistir de
coisas mais simples como seja obriga-lo a palmilhar o caminho até ao Fond-de-Gras
para ver uma exposição de carros antigos, que afinal lhe agradou e lhe fez
melhor ao cérebro do que ficar sentado à frente da televisão.
Nota final: ontem, enquanto regressávamos
a casa, o meu menino perguntou-me se ia escrever no blog sobre os carros.
Disse-lhe que não, que talvez fosse escrever sobre ele ser um cabeça dura. Não
gostou da ideia e ameaçou apagar o meu blog. Se isto não é irreverência e muita
prepotência, não sei o que seja. Esta entrada é para ti meu amor 😜
A três é que é bom!