No passado fim de semana os portugueses foram chamados a eleger o seu Presidente da República para os próximos 5 anos.
Parece coisa pequenina. Mas num mundo cada vez mais povoado de indivíduos centrados no próprio umbigo, com líderes partidários a apelar ao ódio, xenofobia, racismo e outras monstruosidades, votar, além de um direito, tornou-se um dever.
E nós cumprimos o nosso. Como cidadãos, pessoas, seres humanos. Não como imbecis.
E o propósito desta conversa neste blog deve-se ao simples facto de que esta foi uma boa oportunidade para tentar explicar ao meu filhote o que é a liberdade e a democracia.
Falei-lhe, grosso modo, do poder que cada um de nós tem de fazer as boas escolhas. De pensar pela própria cabeça e decidir em consciência. Não se deixar levar por populismos e populistas.
Contei-lhe, ainda, que nos assiste uma obrigação de preservar esta liberdade. Não podemos permitir que se percam anos de luta. Muitos penaram para que hoje todos possamos votar.
A dada altura perguntou-me porque é que não podia votar também. Expliquei-lhe que o direito de voto está reservado aos maiores de 18 anos, idade em que se atinge a maioridade.
Disse-lhe, também, que as crianças não estão, ainda, plenamente desenvolvidas para entender o alcance das suas escolhas e que por isso não podem exercer o direito de sufrágio.
Argumento totalmente falso!
Estou segura que, se o meu pequeno príncipe e tantas outras crianças de 7 anos votassem, teriam um sentido de voto mais consciente e humano que quase meio milhão de portugueses.
Viva a Liberdade. Viva a Democracia.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.