Não é a primeira vez que vos falo dela, embora tema vá ser a última. A Nina, a boa influência do meu filho, mudou de casa e, consequentemente, de escola. Foi uma notícia desoladora, tanto para o meu pequerrucho como para nós, os pais. De todos os miúdos que poderiam partir, a única que eu desejava ficasse por muito tempo na “nossa” vida era a Nina.
Conheceram-se na primeira classe e foram da mesma turma nos
anos subsequentes. Até à passada sexta-feira.
Partilharam, durante uns tempos, a mesma mesa – tendo
nascido entre eles um sentimento bonito, que a dada altura chamaram de amor e
que nunca deixou de ser uma verdadeira amizade.
Sem andarem colados, tinham-se um ao outro e consideravam-se
os beste Freunde.
A ligação de ambos era salutar para o meu rebento, que dado
a extravagâncias e pantominas, encontrava na amiga um equilíbrio que o mantinha
na ordem. Na sua ânsia de independência e afirmação, tem atitudes muitas vezes
desajustadas que não só não são travadas como serão, pelo contrário, fomentadas
e aguçadas pelos outros amigos que tem. Todos rapazes.
Sem a Nina, fica despido.
É verdade que por razões diferentes, mas vamos todos sentir
muitas saudades da melhor amiga do meu menino.
A três é que é bom!