Procuramos, sempre na melhor das intenções, incutir às nossas pequenas criaturas os valores e princípios, que, somos em crer, melhor os prepararão para o mundo "lá fora".
Quantas vezes ( e ainda bem!) não nos tornamos nós próprios melhores pessoas só para sermos um bom exemplo a seguir: mais humanos, mais educados, mais simpáticos, menos críticos, menos irresponsáveis, menos idiotas, vá.
Mas, e apesar dos esforços, sempre temos dúvidas se os nossos pequenotes estão realmente a absorver os ensinamentos que procuramos transmitir e a construir-se como seres humanos empáticos, solidários, responsáveis, amigos, confiáveis... Como pessoas de valor.
Quando a professora do meu pequeno príncipe (que é a mesma do ano passado e, portanto, o conhece bem) me disse que queria dar-me uma palavrinha, quando o fui buscar no final da escola, passaram-me vários cenários pela cabeça. Será que se anda a portar mal nas aulas? Com os colegas? Será que está a embirrar com a língua? Será que está com dificuldades de aprendizagem? Em nenhum momento assumi que a professora quereria, "apenas", elogiar o meu rebento. Mas foi precisamente o que aconteceu. Fez questão de me dizer que está muito contente com ele, que está super motivado e sempre a querer fazer/aprender mais e mais e concluiu com estas palavras: "você tem um filho espetacular. Parabéns!"
De certa forma é lamentável que precisemos do reconhecimento alheio para validar o nosso "trabalho"- bastar-me-ia observar o seu comportamento, ouvir as suas conversas, seguir os seus raciocínios para perceber que "está tudo lá". É, realmente, um miúdo fantástico. E parte disso é culpa minha. Que bom!